"Nós queremos valorizar o trabalho. O que está mal não é aquilo que as pessoas recebem porque estão em dificuldade, o que está mal é aquilo que as pessoas recebem fruto do seu trabalho", declarou Luís Montenegro, num almoço comício da Aliança Democrática (AD) na Trofa, no distrito do Porto.
"Não percebem isto, isto é o básico de uma sociedade justa, de uma sociedade forte, de uma sociedade que quer crescer", acrescentou.
O presidente do PSD fez questão de responder ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que na sexta-feira o desafiou a esclarecer se quer cortar o subsídio de desemprego, por considerar que está em causa um princípio "que faz toda a diferença" entre os dois.
"Quando eu digo que quem trabalha não deve ter um rendimento inferior a quem não trabalha eu não estou a pensar em quem recebe subsídio de desemprego, por uma razão simples: é que só recebe subsídio de desemprego quem trabalha. Portanto, é preciso saber como é que as coisas funcionam", começou por responder.
Depois, o presidente do PSD afirmou que a defesa desse princípio "não visa retirar nada a ninguém", incluindo "quem está numa situação difícil, vulnerável e recebe uma prestação social", e salientou uma proposta que consta do programa da AD, no seu entender pouco destacada, de criação de um Suplemento Remunerativo Solidário.
Com esta medida, "se houver alguém que esteja em casa a receber prestações sociais e a seguir for iniciar uma vida profissional", ficará assegurado "que não vai ganhar um cêntimo a menos", referiu.
Segundo Luís Montenegro, a coligação PSD/CDS-PP/PPM defende assim "o princípio de valorizar o trabalho, o esforço, o mérito, o desempenho".
"E é também por isso que nós propomos a isenção de contribuições e impostos dos prémios de desempenho até ao limite de um vencimento mensal. E isto vale para o setor privado e também vale para o setor público", realçou.
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