Inês Sousa Real afirma que PS e AD não são alternativa para o país
A porta-voz do PAN considerou hoje que PS e PSD não são uma alternativa para o país e afirmou que a maioria absoluta do Governo socialista foi uma oportunidade perdida e que a AD apresenta um revivalismo do passado.
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Política PAN
"Não nos revemos naquilo que tem sido a agenda da Aliança Democrática, que tem sido uma agenda que, de alguma forma, vem trazer um revivalismo, quer do ponto de vista das opções públicas para o emprego, quer também das questões sociais tão relevantes como o subsídio de desemprego para as pessoas ou até mesmo em matéria de igualdade de género", afirmou Inês Sousa Real.
A dirigente assinalou ainda que a maioria absoluta de António Costa "foi uma oportunidade perdida para os avanços que o país poderia ter feito".
"Teria sido muito importante que durante a maioria absoluta, durante esta última legislatura que agora estamos a encerrar, o PS tivesse aproximado medidas com as que o PAN apresentou em defesa precisamente dos direitos humanos das mulheres", salientou Inês Sousa Real, referindo, ainda assim, que "há uma certa aproximação" do PAN ao PS em algumas matérias.
Inês Sousa Real sublinhou que "não basta vir agitar as bandeiras" e dizer que estão ao lado das mulheres.
A cabeça de lista do PAN por Lisboa às eleições legislativas de dia 10 falava hoje de manhã aos jornalistas, à margem de uma ação de campanha no Passeio Marítimo de Oeiras, antes de se dirigir para uma iniciativa no Mercado de Algés.
"Aquilo que tem existido é um trabalho para que o PS se aproxime das medidas que o PAN tem reivindicado e, infelizmente, nem sempre isso aconteceu", realçou.
A responsável lembrou ainda que hoje se assinala o dia mundial da vida selvagem e alertou para necessidade de se combater e de se travar a perda da biodiversidade.
"Há muitas matérias em que o PAN procurou fazer avanços, quer limitar a caça das raposas à paulada, quer garantir serviços de ecossistemas, ou até uma maior proteção e reconhecimento das áreas protegidas no nosso país - queremos que até 2030 haja pelo menos 33% do território classificado como tal. E, no entanto, o PS desperdiçou a maioria absoluta, demonstrando que um voto útil não é um voto útil nem numa maioria absoluta, nem nos partidos que têm oscilado no poder, PS e PSD, mas sim em forças políticas como o PAN", assinalou Inês Sousa Real.
Apelando ao voto dos eleitores, a líder do PAN exaltou que o partido tem "capacidade de fazer a diferença" e de "romper com o bipartidarismo" dos dois maiores partidos nacionais.
"PS e PSD já deixaram claro que não são uma alternativa, seja em matéria de direitos humanos, seja em matéria dos apoios sociais", acusou, lembrando os comentários dos antigos primeiros-ministros sociais-democratas Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.
"Trazer o revivalismo de Cavaco Silva, quando sabemos o que custou ao país, (...) quer o Passos Coelho, com as medidas da 'troika', que foi além daquilo que era exigido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).... Nós sabemos que tudo isso não são soluções que o país precisa", atentou.
Sobre uma notícia da TVI que aponta que a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos encontrou no Chega indícios de incumprimento da lei dos donativos e eventuais financiamentos proibidos nas eleições relativas a 2019, a dirigente considerou a situação "absolutamente vergonhosa".
"Eu recordo que um voto de protesto nestas forças políticas é dar mais dinheiro a quem não cumpre a lei e dar mais dinheiro a quem vem trazer também retrocessos civilizacionais para o nosso país", sustentou.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no dia 10 para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas - 15 partidos e três coligações.
[Notícia atualizada às 13h43]
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