Declarações de Ventura sobre entendimentos à direita são "de desespero"

O presidente da IL desvalorizou hoje as declarações que disse serem "de desespero" do líder do Chega sobre eventuais entendimentos à direita, reafirmando que a posição da IL é clara nessa matéria.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
05/03/2024 14:43 ‧ 05/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

"Já estamos habituados a uma certa tentativa que parece, às vezes, desespero de trazer argumentos para o debate quando vê que as coisas não estão a correr bem. Enfim, é o modo de atuar do Chega", afirmou Rui Rocha, depois de André Ventura ter dito em entrevista à RTP que os partidos de direita têm de dizer se estão disponíveis para "criar um entendimento", caso alcancem maioria nas eleições legislativas de domingo com vista a formar um governo estável.

No final de uma manhã dedicada aos transportes em Setúbal, e apesar da insistência dos jornalistas, o dirigente liberal reafirmou que a posição da IL é bem clara porque já disse com quem se entende e com quem não se entende.

"Somos muito claros, somos o partido mais claro nos cenários em que nos movemos", insistiu, depois de já ter deixado a garantia nesta campanha eleitoral que não fará entendimentos com o Chega.

Em matéria de entendimentos "não há jogadas escondidas" por parte da IL, reforçou.

E questionado sobre o posicionamento do PSD, Rui Rocha salientou que cabe ao partido político esclarecer, se entender que deve esclarecer.

"Repare, eu não posso colocar cenários que são negados pela liderança do PSD e, portanto, não vou estar a fazer especulações com base em coisas que parecem mais fruto do desespero do que de questões sustentadas", acrescentou.

Quem tem de responder pelo PSD é o líder do partido, Luís Montenegro, vincou.

Na entrevista à RTP, Ventura indicou que há dirigentes do PSD que "se têm feito ouvir" publicamente, lançando os nomes de Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Ângelo Correia e Rui Gomes da Silva.

Aos jornalistas, na segunda-feira à noite, em Portalegre, o presidente do Chega foi questionado se estes sociais-democratas lhe transmitiram esta posição diretamente e respondeu que não.

"O que eu disse hoje numa entrevista à RTP foi que alguma destas pessoas, inclusivamente já várias figuras importantes do PSD, disseram que Luís Montenegro tinha de encontrar uma solução", afirmou.

Instado a indicar quem lhe transmitiu essa informação, o líder do Chega escusou-se a fazê-lo: "Se não disse na altura, não vou dizer agora".

"É a evidência de que o PSD não deixará, quando eu chamei as forças vivas, e alguns até já o disseram publicamente, não deixará que o PS governe por causa de um capricho de Luís Montenegro", argumentou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

Leia Também: "Não participo no recreio", responde Montenegro sobre Ventura

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