Mariana Vieira da Silva acusa AD de "martelar o crescimento" económico
A cabeça de lista do PS por Lisboa, Mariana Vieira da Silva, acusou hoje a AD de "martelar o crescimento" económico até as suas "medidas caberem lá", questionando que propostas vão cair se as suas previsões não se concretizarem.
© Getty Images
Política PS
Num discurso na Aula Magna, em Lisboa, Mariana Vieira da Silva defendeu que a direita apresentou "medidas para se reconciliarem com o povo português", mas fê-lo "com os mesmos truques do passado", que disse já conhecer bem.
"Quando olhamos para o cenário macroeconómico do PSD, ficamos com aquela ligeira sensação de que escreveram uma lista de medidas e depois martelaram o crescimento até as medidas caberem lá", acusou.
A também ministra da Presidência disse que "parece mesmo que nem o PSD acredita nas suas contas e que apresenta um programa que não é para levar a sério", salientando que propõem um salário médio para 2030 que, no acordo de rendimentos assinado em concertação social, já está previsto para 2027.
"E já foram avisando que, se não crescerem o que só eles preveem e que não é acompanhado por nenhuma instituição internacional, ou se por exemplo tiverem uma crise como uma pandemia, então algumas medidas podem ter de cair", sublinhou.
Mariana Vieira da Silva defendeu que é por isso legítimo perguntar quais são essas medidas que vão cair.
"Porque é fácil antecipar que, tal como no passado, a baixa do IRC talvez sobreviva e as medidas do Estado social talvez sejam suspensas", referiu.
Neste discurso, com o primeiro-ministro, António Costa, a ouvi-la na plateia, Mariana Vieira da Silva fez um balanço positivo dos últimos oito anos e defendeu que o PS conseguiu "contrariar tudo o que a direita disse" e foi com as suas próprias políticas que foram alcançados "os bons resultados que eles tanto desejavam e que nunca, nunca alcançaram"
A cabeça de lista sublinhou que a direita dizia que só era possível mais emprego se se reduzissem os custos de trabalho e que só era possível mais crescimento com menos direitos, e o PS conseguiu alcançar um recorde de população empregada e melhores salários, com menos precariedade e a economia em convergência com a União Europeia em seis dos oito anos.
"Agora, digam-me uma coisa: quem falhou sempre, sempre no diagnóstico, poderá agora ter razão nas soluções? Não tem", afirmou, perante os aplausos de uma sala cheia.
Depois, a candidata falou sobre a candidatura de Pedro Nuno Santos, salientando que, entre várias medidas, propõe "um novo ciclo de crescimento, de aumento de salários", um "novo impulso à transformação da economia" ou ainda "mais aposta nos transportes, no metro, na ferrovia e na alta velocidade".
Mariana Vieira da Silva abordou ainda o facto de Pedro Nuno Santos prometer continuar a executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para voltar a atacar a AD, salientando que, nos últimos anos, a direita acusou o Governo de utilizar estes fundos europeus "só para investimento público".
"Por isso, é legítimo perguntar: o que é que vão abandonar? As obras nas escolas, como fizeram no passado? Os centros de saúde? As 32 mil casas de habitação pública que o PNS desenhou, lançou e que estão agora no terreno? O alargamento do metro de Lisboa e a sua extensão em Loures e em Odivelas? O que é que vão suspender? O que é que vão parar?", perguntou.
Mariana Vieira da Silva defendeu ainda que estas são umas eleições que o PS não desejava "e de que o país não precisava, apesar de o partido estar com "força, com energia e com mais ação para as vencer no próximo dia 10 de março".
"Por isso, devemos dirigir-nos aos que ainda estão indecisos com três mensagens muito claras: o orgulho no balanço do que fizemos nos últimos oito anos, a ambição e a determinação do muito que ainda vamos fazer e (...) os riscos que o país corre se a direita ganhar", disse.
Leia Também: Mulher com Bíblia e ativista interrompem discurso de Pedro Nuno Santos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com