AD segue a liderar sondagens, mas precisará (mesmo) do Chega. E o PS?

A três dias das eleições, a coligação liderada por Luís Montenegro, composta por PSD, CDS e Partido Monárquico, continua a liderar nas sondagens, mas para alcançar a maioria a IL não lhe chegará: terá de contar também com o Chega. Já o PS só poderá vir a formar governo se juntar toda a Esquerda.

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© Maria João Gala / Global Imagens

Notícias ao Minuto
08/03/2024 09:35 ‧ 08/03/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Eleiçóes Legislativas

A Aliança Democrática (AD) mantém-se à frente do Partido Socialista (PS) nas intenções de voto dos portugueses para as eleições legislativas de domingo, 10 de março, nas duas sondagens mais recentes. Os indecisos continuam a ser muitos.

Na sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, a coligação liderada por Luís Montenegro tem mais cinco pontos percentuais do que o PS, liderado por Pedro Nuno Santos (27% contra 22%).

O Chega mantém-se como a terceira força política (13%) mas com menos 2 pontos percentuais do que obteve na sondagem da Intercampus, lançada ontem, em que somava 15,6% das intenções de votos.

Já a Iniciativa Liberal (IL) aparece em quarto lugar, com 4% dos votos. O Bloco de Esquerda (BE) e a CDU com 3%, o Livre com 2% e o PAN com 1%.

A sondagem da Católica revela ainda que 16% dos portugueses continuam indecisos sobre em quem votar, 3% indicam que não vão votar, 3% que vão votar branco ou nulo e outros 3% não quiseram responder.

De acordo com o cenário apresentado por este barómetro, a AD deve assim eleger entre 88 e 98 deputados para o Parlamento, enquanto o PS deverá alcançar entre 70 a 80 mandatos. Por sua vez, o Chega deverá eleger entre 33 e 41 deputados, a IL e o BE até 10, a CDU entre 4 e 6, o Livre 2 ou 3 e o PAN até um.

Se as sondagens se concretizarem, nenhum dos partidos deverá ter maioria absoluta (116 ou mais deputados). Para uma maioria à Direita, a AD liderada por Luís Montenegro teria de se aliar não só à IL, como ao Chega. Já para o mesmo cenário se colocar mas com Pedro Nuno Santos à cabeça, o PS teria de conseguir juntar toda a Esquerda.

O inquérito da Católica foi realizado entre 28 de fevereiro e 5 de março e inquiriu 2.405 pessoas.

Outra sondagem que saiu esta sexta-feira foi a da Consulmark2 para o Nascer do Sol e Euronews e confirma a mesma tendência. A AD ganha as eleições, mas só terá maioria se se juntar ao Chega.

Neste barómetro a AD tem 29,8% das intenções de votos, o PS 27%, o Chega 18%, a IL 6,4%, o BE 5,4%, o Livre 4,6%, a CDU 2,5% e o PAN apenas 1,2%, o que o coloca em risco de perder a representação parlamentar.

Recorde-se que a sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios, lançada ontem, tinha resultados muito semelhantes a estes. A coligação do PSD, CDS e PPM representava 29,3% das intenções de voto dos portugueses, com mais seis pontos percentuais do que o PS, com 23,3%.

Neste barómetro, o Chega tinha 15,6%, a IL 7,6%, o BE 5,5%, o Livre 4,3%, o PAN 3,7% e a CDU 2%.

A taxa de recusa e indecisos era menor, representando 7% das pessoas consultadas.

Leia Também: AD volta a subir nas sondagens e está a seis pontos do PS. Chega recua

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