Lisboa. PS vence círculo em noite em que Chega e Livre duplicam mandatos

O PS voltou a vencer as legislativas no círculo eleitoral de Lisboa, no domingo, obtendo mais um eleito do que a Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), enquanto Chega e Livre duplicaram os mandatos e CDU, BE e PAN mantiveram a representação.

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Lusa
11/03/2024 06:36 ‧ 11/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

Apesar de manter a tradição de ser o partido mais votado neste círculo, o Partido Socialista registou um decréscimo do número total de votos (365.793), percentagem de votos (27,73%) e de eleitos (15) face ao que tinha alcançado nas eleições legislativas de 2022 (41,60%, correspondentes a 483.034 votos e 21 eleitos, segundo os resultados finais publicados em Diário da República).

A lista do PS para este círculo é liderada por Mariana Vieira da Silva (ministra da Presidência), Marcos Perestrelo, Fernando Medina (ministro das Finanças) e pela antiga ministra da Saúde Marta Temido, tendo sido igualmente eleitos Pedro Delgado Alves, Sérgio Sousa Pinto e Edite Estrela.

Por sua vez, a lista da Aliança Democrática, encabeçada pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, por Joaquim Miranda Sarmento e por Ana Paula Martins, foi a escolha de 27,03% dos eleitores (356.542 votos), valendo 14 eleitos, mais um do que os sociais-democratas conseguiram em 2022, quando, numa candidatura a solo, recolheram 24,60% dos votos (285.646 votos).

O Chega, liderado por André Ventura, foi o partido que mais cresceu em número de votos e de eleitos neste círculo, tendo conseguido recolher 17,02% dos votos (nove eleitos), quando em 2022 tinha alcançado 7,92% (quatro eleitos).

O outro vencedor no círculo de Lisboa foi o Livre, que conseguiu aqui dois dos quatro mandatos que o partido conquistou nestas eleições legislativas, obtendo 5,47% dos resultados dos votos válidos (72.104). Rui Tavares (porta-voz e deputado único no mandato anterior) e Isabel Mendes Lopes foram os deputados do Livre eleitos por este círculo.

No sentido inverso, a Iniciativa Liberal, que em 2022 tinha obtido 8,06% dos votos, o que representou quatro eleitos, desceu para 6,58%, perdendo um eleito. Bernardo Blanco, Mariana Leitão e Rodrigo Saraiva vão ocupar os três assentos.

A CDU (PCP/PEV) também registou uma diminuição do número de votantes no distrito. Alcançou 3,74% dos votos, contra os 5,16% de 2022, mantendo, contudo, a eleição de dois deputados: o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo (que nas anteriores legislativas ainda não era o líder comunista), e António Filipe.

Já o Bloco de Esquerda, também com uma líder nova no calendário das legislativas, Mariana Mortágua, aumentou nestas eleições legislativas a sua percentagem de votos (4,96%) face há dois anos (4,81%), mas manteve a eleição de dois deputados (Mariana Mortágua e Fabian Figueiredo).

Foi também neste círculo, o maior do país (48 eleitos), que o PAN conseguiu o seu único assento no parlamento, ocupado novamente pela líder do partido, Inês Sousa Real, após obter 2,49% dos votos, contra os 2,03% de 2022.

Num círculo eleitoral com 1.915.172 inscritos, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a abstenção ficou em 31,13% (foi de 38,44% nas legislativas anteriores).

O distrito está dividido em 16 concelhos, uns de tendência rural, sobretudo na zona oeste, e outros mais metropolitanos, localizados na cintura da capital, onde vivem também mais pessoas.

Segundo os dados dos Censos de 2021 (atualizados em 15 de junho de 2023), residiam no distrito de Lisboa 2.301.904 pessoas, pouco mais do que os 2,25 milhões de residentes no final de 2018, antes das anteriores legislativas.

A Aliança Democrática venceu com uma curta margem as eleições antecipadas de domingo, nas quais o Chega quadruplicou a sua bancada parlamentar e o PS foi o principal derrotado.

Leia Também: AD vence à tangente em noite de festa para Chega e Livre

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