Governo de Direita? "Não responde às necessidades do país"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, prometeu estar na "primeira linha de combate da oposição".

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© Pedro Pina e Sérgio Queirós - RTP

Joana Duarte
19/03/2024 22:04 ‧ 19/03/2024 por Joana Duarte

Política

Paulo Raimundo

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou, esta terça-feira, que um Governo do PSD e do CDS "não responde às necessidades do país" e prometeu estar na "primeira linha de combate da oposição". 

"Seremos oposição e vamos usar todos os meios que estiverem ao nosso dispor para fazer esse combate", referiu Paulo Raimundo numa entrevista à CNN Portugal. Sobre a moção de rejeição anunciada pelo partido, Raimundo garantiu que não se trata de "precipitação", mas de "um sinal político claro, para que não hajam dúvidas de como o PCP" vai agir.

Raimundo confessou que os resultados obtidos nas eleições do dia 10 de março não correspondeu às expectativas. "Não estamos satisfeitos com os resultados que tivemos, não enfiamos a cabeça na areia", defendeu Raimundo. Apesar de assumir que os resultados estão a ser analisados, o secretário-geral do PCP assumiu que o o foco do partido é perceber "como é que se dá combate ao projeto que aí vem". 

O líder dos comunistas defendeu que um Governo da Aliança democrática (AD) "não será mudança nenhuma", apenas uma "mudança agravando o caminho que estava em curso", com "mais aos grupos económicos" e "mais desmantelamento dos serviços públicos".

Sobre as declarações feitas esta tarde por Pedro Nuno Santos, que garantiu que o PS vai ser "uma oposição responsável" e que está disponível para negociar um orçamento retificativo, Paulo Raimundo negou haver essa necessidade. "Por opção do PS e à custa das respostas que eram preciso dar e não foram dadas, há uma folga orçamental suficiente para dar resposta aos problemas sem orçamento retificativo", garantiu. 

"Por nós o projeto da Direita não é implementado no nosso país", assumiu. No entanto, garantiu não ter dúvidas de que haverá entendimentos à Direita para aprovar algumas medidas. 

"Não tenho nenhuma dúvida sobre isso, até lhe digo mais, umas serão em cima da mesa, outras por baixo do pano. Sempre foi assim, esse é o elemento sobre o qual é preciso dar este sinal político inicial", reiterou.

Sobre a reunião com o Bloco de Esquerda, Paulo Raimundo revelou que já fez uma sugestão de data a Mariana Mortágua, mas aguarda ainda resposta.  

Leia Também: PCP avisou Marcelo que usará "todos os meios" para combater Direita

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