Mariana Mortágua e Inês Sousa Real, do Bloco de Esquerda e do PAN, respetivamente, vão reunir-se esta quarta-feira, naquela que é um encontro motivado pela bloquista que, após os resultados das eleições, quer criar oposição e uma convergência à Esquerda.
Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas, afirmou que chega a este encontro "sem ressabiamentos políticos" causados por críticas anteriores do Bloco de Esquerda ao seu partido e garantiu que aquilo que a move é encontrar uma solução que responda "às preocupações dos portugueses".
"PAN tem disponibilidade para dialogar com todas as forças que garantam direitos sociais", salientou, referindo, contudo que esse diálogo não pode ser feito "à custa da destruição do estado social de direito, de pôr em causa apoios fundamentais para a família, pôr em causa direitos das mulheres".
"O PAN esta disponível para conversar em prol desta construção social", reforçou, salientando contudo que “direitos adquiridos não são moeda de troca" e referindo que quer garantir que "o próprio Chega não está envolvido numa solução governativa".
Inês Sousa Real reforçou que não se sabe “ainda qual o programa de governo que vai ser apresentado, também desconhecemos aquela que será a formação do governo”, mas prevê que seja difícil que Luís Montenegro se aproxime da agenda do PAN. Fazer acordos com a AD é outra certeza do partido Pessoas–Animais–Natureza.
"O PAN também já disse que não está disponível para negociar com a AD. A AD de Nuno Melo e de Gonçalo da Câmara Pereira não é uma aliança progressista que dê reposta aos desafios da sociedade de hoje em dia", atirou.
Inês Sousa Real reforçou, também, que os portugueses sabem que "têm forças políticas responsáveis moderadas e progressistas", e garantiu estar empenhada para que "os progressos na AR não sofram retrocessos".
[Notícia atualizada às 11h23]
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