Numa carta dirigida a Montenegro - que já respondeu - o secretário-geral do PS pede um acordo que abrange "um conjunto de matérias sobre as quais existe um amplo consenso político e partidário". E elenca-as: a “valorização das carreiras e dos salários dos trabalhadores da Administração Pública, em especial dos profissionais de saúde (de todos, não apenas dos médicos), das forças de segurança, dos oficiais de justiça e dos professores".
Relativamente aos professores, Pedro Nuno diz que o partido está disponível "para apoiar a recuperação da totalidade do tempo de serviço dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário, bem como uma revisão da carreira docente que permita reduzir o hiato entre os índices remuneratórios do início e do fim da carreira, de forma a torná-la mais atrativa".
A carta, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, acrescenta que a disponibilidade do Partido Socialista pressupõe uma negociação prévia com os sindicatos e diz estar certo que é possível chegar a uma solução no prazo de 60 dias.
Em 19 de março, após uma audição com o Presidente da República em Belém, Pedro Nuno Santos tinha-se manifestado disponível para viabilizar um Orçamento retificativo da AD limitado a "matérias de consenso", referindo-se à valorização das grelhas salariais destes grupos profissionais da administração pública até ao início do verão.
O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, empossou no dia 2 o primeiro-ministro e depois os 17 ministros do executivo minoritário formado por PSD e CDS-PP, na Sala dos Embaixadores do Palácio Nacional da Ajuda, 23 dias depois das eleições legislativas antecipadas de 10 de março.
Pode ler a carta na íntegra aqui:
Carta de Pedro Nuno Santos a Luís Montenegro
O primeiro-ministro confirmou, entretanto, ter recebido a carta do secretário-geral do PS, a que dará, "naturalmente, resposta".
[Notícia atualizada às 15h17]
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