ADN quer melhor resultado e representação no parlamento regional

O cabeça de lista da Alternativa Democrática Nacional (ADN) às legislativas antecipadas na Madeira, Miguel Pita, afirmou hoje que o partido espera melhorar o resultado eleitoral face às últimas regionais, tendo como objetivo entrar no parlamento madeirense.

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Lusa
15/04/2024 14:05 ‧ 15/04/2024 por Lusa

Política

Eleições

 

"Primeiramente, a nossa expectativa é melhorar o resultado eleitoral, comparativamente às ultimas eleições, que ficou muito aquém das nossas expectativas", declarou, acrescentando que o objetivo é retirar a maioria absoluta ao PSD e ter representação na Assembleia Legislativa Regional.

Miguel Pita falava aos jornalistas à porta do Tribunal Judicial da Comarca da Madeira, no Funchal, após a entrega da lista candidata da ADN às eleições legislativas regionais antecipadas, que tem como número dois João Abreu, seguindo-se Otília Sousa.

O candidato sublinhou que o partido pretende ser uma "voz ativa" no hemiciclo, assegurando, por outro lado, que o ADN "não tem qualquer compromisso, nem vai ter", relativamente a eventuais coligações ou acordos pós-eleitorais.

Miguel Pita destacou também que vai "tentar conquistar o eleitorado madeirense e porto-santense baseado no que aconteceu agora nos últimos seis meses de legislatura", que considerou que "não correram nada bem".

"Houve muitas quezílias, muitas guerras internas dentro da Assembleia [Legislativa Regional], em detrimento das verdadeiras causas que tinham sido prometidas aquando da campanha", sustentou.

Miguel Pita referiu que, agora, os madeirenses "vão usar estes seis meses como uma forma de avaliar este Governo e corrigir o que possa ter feito errado".

O candidato realçou ainda que o ADN não é um partido populista "que promove a mentira para obter votos", apontando que defende "a verdade, a família, os bons valores e, claro, os interesses dos madeirenses e porto-santenses em primeiro lugar".

Sobre o presidente demissionário do Governo Regional e recandidato às regionais, Miguel Albuquerque, o cabeça de lista do ADN considerou que não se devia recandidatar uma vez que se demitiu por ser arguido num processo de suspeitas de corrupção.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio na sequência da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.

O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro. O presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, pediu a demissão do cargo depois de ser constituído arguido no âmbito naquele processo e de o PAN lhe ter retirado a confiança política.

Nas últimas eleições legislativas regionais, em 24 de setembro do ano passado, a coligação PSD/CDS-PP elegeu 23 deputados, o PS obteve 11 mandatos, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto CDU, IL, PAN e BE elegeram um parlamentar cada.

Leia Também: Madeira. Cafôfo diz que escolha é entre si e Miguel Albuquerque

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