"Nas próximas eleições europeias a opção nas urnas será entre a tolerância e os extremismos, entre os que se reveem nas lideranças de Helmut Kohl, Margaret Tatcher ou Carl Bildt e os novos adoradores de Putin ou de Lukatchenko. Entre os que lutam politicamente pela libertação da Ucrânia, e os que vão a votos nas nossas democracias, mas se passeiam na Praça Vermelha de Moscovo, levando na camisola o rosto do ditador russo", defendeu.
Nuno Melo, reeleito hoje presidente com 89,3% dos votos dos congressistas, falava na sessão de encerramento do 31.º Congresso do CDS-PP, em Viseu.
O líder centrista frisou que, em Portugal, a opção "será entre os que são amigos e aliados de uns, e os que são amigos e aliados dos outros".
"Faço um apelo aos portugueses: não se deixem enganar. Temos uma guerra às portas das fronteiras da UE e da NATO, que ameaça o nosso presente e o vosso futuro. Têm no voto a arma política necessária para a defesa do conceito de Ocidente e de liberdade, expresso nos partidos que defendem o projeto europeu", avisou.
Para Nuno Melo, este conceito "está hoje ameaçado pelo crescimento da extrema-esquerda nostálgica do imperialismo soviético, e pela extrema-direita simpatizante e por vezes aliada do imperialismo de Putin".
"Por motivos diferentes, uns e outros são a opositores da União Europeia como a concebemos",
Melo quis ainda deixar uma garantia: "Nestas eleições europeias, como em todas as outras, o CDS-PP lutará pela liberdade, pela tolerância e pela sobrevivência do projeto europeu, em democracia. Nunca tivemos dúvidas acerca do lado certo da história".
Antes, Nuno Melo dedicou uma palavra ao parceiro de coligação, o PSD, salientando que pela oitava vez na história da democracia os dois partidos voltam a estar juntos no Governo.
"Foi assim, porque depois de oito anos de socialismo, os dois partidos juntaram esforços, quadros e votos, criando um novo projeto para Portugal, que permitiu a derrota do PS e das esquerdas e o início de uma alternativa de centro-direita que trouxe uma nova esperança.
Melo garantiu que "os portugueses votaram pela mudança e terão mudança" e "pediram diálogo e terão diálogo".
"Liderados no governo pelo Luís Montenegro, saberemos estar à altura dos tempos e das nossas circunstâncias", assegurou.
No início, Melo apresentou "sentidos pêsames" pela morte do jornalista Pedro Cruz, aos 53 anos, vítima de um cancro do pulmão.
Momentos antes, foi exibido um vídeo com trechos de intervenções de todos os antigos líderes do partido, desde o fundador Freitas do Amaral, Francisco Lucas Pires, Adriano Moreira, Manuel Monteiro, Paulo Portas, Ribeiro e Castro, Assunção Cristas, Francisco Rodrigues dos Santos, terminando com Nuno Melo.
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