Madeira. IL defende recurso ao privado e ao social para reduzir espera

A candidatura da IL às eleições antecipadas na Madeira defendeu hoje o recurso aos setores privado e social para reduzir as listas de espera para atos médicos e acusou o executivo regional PSD/CDS-PP de falhar na saúde.

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Lusa
14/05/2024 13:05 ‧ 14/05/2024 por Lusa

Política

Madeira

"A política do Governo [Regional] falhou, porque não utiliza a capacidade instalada, porque, se utilizasse a capacidade instalada, podíamos numa primeira fase estabilizar os atos médicos que são necessários cumprir e, numa segunda fase, fazer com que eles fossem progressivamente diminuindo", afirmou o cabeça de lista, Nuno Morna.

O candidato da Iniciativa Liberal falava numa ação de campanha na rua Dr. Fernão de Ornelas, no centro do Funchal, onde foi colocado um cartaz de grandes dimensões com uma montagem fotográfica na qual a rua está totalmente preenchida com cerca de 118 mil pessoas, o mesmo número de atos médicos em lista de espera.

"Defendemos a utilização de toda a capacidade instalada, seja ela pública, privada ou social, no sentido de suprir as necessidades de quem tem problemas de saúde", disse Nuno Morna, salientando que "a saúde tem que estar em primeiro lugar em relação a tudo aquilo que são os atos políticos" que são desenvolvidos.

Nuno Morna, também líder regional da IL e deputado único do partido na Assembleia Legislativa, sublinhou que "os madeirenses têm todo o direito de ser atendidos dentro de tempos expectáveis" para a realização de cirurgias, consultas e exames de diagnóstico, mas reconheceu que as listas de espera vão continuar a existir.

"Que fique muito claro, nós não vamos acabar com as listas de espera. Vão existir sempre listas de espera, temos é que minorar os efeitos das listas de espera na prestação dos serviços de saúde a quem deles necessita", disse.

Ou seja, acrescentou, "o tempo máximo de espera tem de ser garantido a todos os madeirenses e quando esse tempo máximo não é garantido ou é ultrapassado" deve recorrer-se a toda a capacidade instalada".

As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

Leia Também: IL diz que 34% dos portugueses têm seguro de saúde "por desespero"

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