"Estamos perante a visita de um presidente de um país que está em guerra, portanto, o Estado português, cumprindo aquilo que tem cumprir (...) devia aproveitar essa visita para contribuir para a solução da paz, que é isso que o povo ucraniano precisa", afirmou Paulo Raimundo, à margem de uma visita ao museu de Serralves, no Porto.
Dizendo aguardar "por mais pormenores" sobre a visita do Presidente da Ucrânia a Portugal, o secretário-geral do PCP defendeu que essa é "a grande mensagem" a passar pelas entidades nacionais.
"Se for uma visita para acrescentar guerra à guerra, acrescentar morte à morte e acrescentar destruição à destruição, mais valia não vir porque isso é o que está a acontecer todos os dias", acrescentou, recusando que a solução para a guerra na Ucrânia passe pelo fornecimento de armamento militar.
"Precisamos que todos sejam obrigados a sentarem-se à mesa para encontrar as soluções para o caminho da paz, a guerra não vai levar a nada", referiu.
Paulo Raimundo considerou ainda normal a visita de Volodymyr Zelensky a Portugal, tendo também em conta o convite feito pelo Presidente da República.
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, confirmou hoje que a visita de Volodymyr Zelensky a Portugal "está a ser preparada", sem adiantar mais pormenores sobre a data ou programa da deslocação.
"A visita está a ser preparada com a reserva que é suposto ter e já se verá, a muito curto trecho, como tudo acontecerá", disse o ministro da Defesa aos jornalistas.
A visita de Volodymyr Zelensky a Portugal foi avançada na segunda-feira pela SIC, que referiu que o chefe de Estado ucraniano também deverá deslocar-se a Espanha para assinar acordos bilaterais de segurança.
Fontes do governo espanhol disseram à agência Efe que Zelensky visitará o país "nos próximos dias" para assinar um acordo com o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez.
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