"O que eu espero também enquanto eleitor é que as pessoas acorram às urnas e não deixem que seja a abstenção a vencer este ato eleitoral que é importantíssimo para o futuro da Madeira e dos madeirenses", disse o cabeça de lista do BE.
Roberto Almada falava à Lusa, via telefone, depois de votar numa secção de voto da freguesia de São Martinho, instalada na Universidade Sénior, no Funchal.
O candidato do BE acrescentou, igualmente, que "quem quer uma terra melhor e um futuro melhor, só o poderá ter se exercer o seu direito de voto".
Dessa forma, Roberto Almada apelou para que todas as pessoas vão votar, "tirando um bocadinho do seu tempo" e aproveitando o sol e bom tempo que se faz sentir na região.
Quanto aos resultados do ato eleitoral em si, Roberto Almada salientou estar "muito confiante" e, desse ponto de vista, "[a] aguardar serenamente pela decisão dos eleitores".
Mais de 254 mil eleitores são chamados hoje a votar e 14 candidaturas apresentam-se para formar um novo parlamento regional - 47 lugares - e um novo governo.
As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estão abertas entre as 08:00 e as 19:00.
Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos. Em relação às eleições regionais de 2023, a única diferença em termos de partidos concorrentes é o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas últimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.
Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Leia Também: Madeira. Representante da República "preparado para todos os cenários"