Coligações? JPP remete para depois de conhecidos resultados finais

O candidato do JPP às regionais da Madeira afirmou hoje que o partido será a revelação deste ato eleitoral, de acordo com a projeção conhecida, e remete eventuais acordos de coligação para quando forem divulgados os resultados finais.

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© Álvaro Isidoro/Global Imagens

Lusa
26/05/2024 20:14 ‧ 26/05/2024 por Lusa

Política

Eleições na Madeira

"Pelas primeiras projeções que acabámos de ver, efetivamente, o JPP é o partido que mais cresce, será a revelação deste ato eleitoral", disse Miguel Ganança, em declarações aos jornalistas.

O candidato falava depois de ser conhecida a projeção da Universidade Católica para a RTP, segundo a qual o PSD vence hoje as legislativas regionais da Madeira, com 33% a 38% dos votos, falhando a maioria absoluta.

Com este resultado, o PSD consegue entre 16 e 21 mandatos, quando são necessários 24 para garantir a maioria absoluta no parlamento, que tem um total de 47 assentos.

Na projeção divulgada pelas 19 horas, o PS consegue entre 11 e 14 deputados (21% a 25%), o JPP entre sete e 10 (16% a 19%), o Chega entre três e cinco (8% a 11%) e o CDS-PP entre um e dois (2% a 5%).

Questionado sobre se está disponível para fazer acordos à esquerda, o candidato do JPP, que ocupa o sétimo lugar da lista, referiu que o partido irá aguardar "de forma serena e responsável que saiam os resultados finais", sublinhando que a sua coligação "é com os madeirenses e porto-santenses".

Miguel Ganança lembrou que o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, colocou nas últimas semanas "em cima da mesa uma série de requisitos importantes para melhorar a qualidade de vida dos madeirenses", aos quais, até ao momento, "nenhum [partido] respondeu".

"Primeiro temos de ter resultados finais, um ou dois deputados podem fazer a diferença, e não vamos desde já estar a assumir compromissos que depois podem não ser validados, tendo em conta o número de deputados que poderão existir nas diferentes forças políticas", reforçou.

"Somos responsáveis, serenos, não queremos ir para o poder, não queremos fazer uma coligação só por fazer, vamos ter responsabilidade e serenidade e depois apresentar no final uma resposta válida e boa para todos nós", insistiu.

Sobre uma coligação à direita, Miguel Ganança salientou que o secretário-geral do partido e cabeça de lista, Élvio Sousa, já "foi claro na reação para com o PSD".

Durante a campanha eleitoral, Élvio Sousa rejeitou acordos com o PSD e com o seu cabeça de lista, o presidente demissionário do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorreram hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores foram chamados a votar, para escolher um novo parlamento e um novo governo.

Catorze candidaturas disputaram os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas de hoje ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.

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