O Representante da República, Irineu Barreto, está a ouvir, esta terça-feira, todos os partidos eleitos, no passado domingo, nas eleições regionais da ilha da Madeira, depois de estas não terem resultado em nenhuma constituição óbvia de novo governo.
Depois do encontro com o Representante da República, Nuno Morna da Iniciativa Liberal, falou aos jornalistas, mostrando-se disponível para fazer acordos com o futuro executivo regional, desde que este também faça "cedências".
"Estaremos disponíveis para, caso a caso, ponto a ponto, decreto a decreto, de orçamento em orçamento, discutir, apresentar as nossas propostas, de cedermos de um lado se os outros cederem do outro, no sentido de podermos valorizar aquilo que são as medidas que podem fazer que a Madeira tenha um maior desenvolvimento do que aquilo que tem", sublinhou.
Questionado sobre a possibilidade de PS formar governo de mãos dadas com o JPP, colocando assim um ponto final na hegemonia de 48 anos de liderança à direita na região, Nuno Morna declarou não acreditar que esse "geringalho" funcione, uma vez que já se desentendeu noutras alturas.
"Tenho algumas dificuldades em aceitar que aquele geringalho tenha algum sentido. Dois protagonistas que, em 2018, se desentenderam na Câmara do Funchal por falta de confiança. Tenho alguma dificuldade em aceitar que Élvio Sousa, há coisa de uma semana, diga que escolher entre o PSD e o PS é 'venha o Diabo e escolha' e afinal seja ele próprio o diabo e ninguém sabia. Tenho dificuldades em aceitar que aquilo funcione. Faz-me alguma espécie e alguma impressão", atirou.
Antes do IL, Irineu Barreto recebeu o PAN. De seguida vai receber o CDS-PP, o Chega, o JPP, o PS e, por último, o PSD.
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