"Ficamos muito felizes pela provedora do animal ter acompanhado as várias propostas do PAN no sentido de terminar a exploração animal nas charretes, ou seja nas charretes puxadas a cavalo, que é algo que tortura os animais", referiu o candidato, no final de um passeio na ria de Aveiro a bordo de uma embarcação movida a energia solar.

Pedro Marques disse que é urgente acabar com este tipo de exploração animal e "deixar de ver os cavalos a desfalecer com sede, devido às temperaturas extremas", adiantando que espera que o Governo e o parlamento sigam estas recomendações.

"Não é esse o turismo que queremos para Portugal. O turismo de futuro e que os próprios turistas procuram em Portugal é o turismo da natureza, que preserva a biodiversidade, os nossos animais, em que podemos fazer estas caminhadas e estes passeios de barco pela ria", vincou.

O candidato defendeu ainda uma aposta no restauro da natureza para fazer crescer a economia e disse que é possível aliar a atividade turística à proteção da natureza, dando como exemplo o caso da empresa Sterna, que promove os passeios na ria de Aveiro a bordo de uma embarcação movida a energia solar.

Durante o passeio, o candidato e a porta-voz do partido, Inês Sousa Real, ouviram as explicações de Sandra Oliveira, proprietária da empresa Sterna (nome de uma ave marinha existente na ria de Aveiro) sobre a evolução do salgado da ria de Aveiro.

Atualmente, segundo Sandra Oliveira, existem apenas cinco marinhas de sal em atividade, um número bem distante das cerca de 300 que existiam no passado.

"É uma realidade maravilhosa que está abandonada de ano para o ano e cada vez mais temos menos pessoas aqui no salgado da ria de Aveiro, porque deixa de compensar financeiramente", disse a responsável, apesar de se ouvirem rumores de que este ano poderão surgir mais duas marinhas, o que a leva a acreditar num "futuro mais risonho".

Criada em dezembro de 2019, a Sterna é uma empresa vocacionada para a preservação da biodiversidade através do turismo náutico e de natureza na ria de Aveiro.

A empresa faz em média cinco saídas por semana e a maior parte dos clientes são estrangeiros que vêm à "procura de algo diferente".

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