"Fiquei chocado com o facto de a presidente em exercício da Comissão Europeias [Ursula von der Leyen] ter aberto a porta à extrema-direita só para ganhar mais alguns votos. Não é isto que considero defender os valores europeus", destacou.
Nicolas Schmidt juntou-se hoje à campanha do PS para as europeias, primeiro em Angeiras à beira-mar, para um almoço popular, e depois para participar no Grande Encontro Europa, na Alfândega do Porto.
Na sua intervenção, o candidato dos socialistas europeus afirmou que Ursula von der Leyen "está cega para as realidades da extrema-direita".
"Também em Portugal é preciso combater a extrema-direita, é preciso recordar a muitos, incluindo os jovens, o que significa o fascismo, o que significa a ditadura", disse Schmidt, que esteve três vezes em Portugal desde que é candidato, uma delas para celebrar o 25 de Abril.
No seu entender, esta é uma mensagem que os socialistas europeus devem partilhar em toda a Europa.
"A Europa foi construída para a paz e para a democracia", acrescentou.
Nicolas Schimdt mostrou-se confiante "num grande resultado" nas eleições europeias, pois só assim acreditam ser possível "travar a ascensão da extrema-direita".
"O PS vai conseguir um grande resultado: um grande resultado para Portugal, o que significa também um grande resultado para a Europa. E isto significa também que, com um resultado forte, podemos travar a ascensão da extrema-direita", apontou.
O candidato a comissário europeu alertou ainda para a luta que devem travar "por uma cultura política diferente", depois de se ver em muitos países que a violência invade a esfera política.
"Primeiro com palavras e depois com verdadeira violência física. Vimo-lo na Alemanha, em Dresden, estive em Paris com Matthias Ecker que foi muito afetado pela juventude de extrema-direita, foi o caso em Berlim e também na Eslováquia, onde o primeiro-ministro foi baleado", concretizou.
Para Nicolas Schimdt, estes são ataques direcionados a todos, à democracia e "sobretudo contra os socialistas".
"Nós somos os seus principais inimigos, porque eles sabem que nós defendemos os valores que eles põem em causa", concluiu.
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