Bugalho "esperava mais humildade" do PS sobre plano de migrações

O cabeça de lista da AD às europeias afirmou hoje que "esperava mais humildade" do secretário-geral do PS sobre o plano de ação para as migrações, já que "fez parte do Governo que criou" e não resolveu o problema.

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© Partido Social Democrata

Lusa
04/06/2024 18:08 ‧ 04/06/2024 por Lusa

Política

AD

No final de uma visita ao Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, Sebastião Bugalho foi questionado sobre as críticas de Pedro Nuno Santos ao conteúdo e à forma do plano apresentado na segunda-feira pelo Governo, acusando o executivo PSD/CDS-PP de governar "como se não existisse oposição".

O "número um" da lista da AD começou por questionar se o líder socialista "não é a favor de regularizar a situação de 400 mil migrantes".

"O que eu espero é que o dr. Pedro Nuno Santos enquanto líder da oposição esteja ao lado de proteger imigrantes das redes de tráfico humano, que esteja ao lado da regularização de meio milhão de pessoas que estão num limbo que as deixa desprotegidas", afirmou Sebastião Bugalho.

O candidato a eurodeputado considerou que este foi um problema que "o PS não conseguiu resolver em nove anos de governação".

"Eu esperava mais humildade da parte de alguém que fez parte desse Governo que criou o problema", afirmou.

Bugalho foi também questionado sobre as acusações de eleitoralismo por parte dos partidos da oposição por o Governo estar a apresentar vários pacotes de medidas durante a campanha para as europeias e devolveu a pergunta.

"Devíamos esperar até ao momento em que os partidos políticos achassem que era conveniente resolver a situação dramática em que 400 mil pessoas estavam?", questionou.

E acrescentou: "Eu acho que não se podia esperar mais um dia, nós temos é que lamentar todos os dias para trás em que o problema não foi resolvido, não é o dia em que isso se começou a resolver", afirmou, dizendo que hoje devia ser "um dia bom para os portugueses e para a Europa".

No segundo dia consecutivo na campanha da AD sem ações de rua (já previstas na agenda de quarta-feira), Sebastião Bugalho visitou hoje o Instituto Pedro Nunes, criado por iniciativa da Universidade de Coimbra em 1991 com o objetivo de promover a inovação e fazer uma ligação entre o meio científico e tecnológico e o tecido produtivo.

Durante a visita, em que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara de Coimbra, o também independente José Manuel Silva, o cabeça de lista da AD foi desafiado pelo ex-reitor da Universidade de Coimbra e dirigente do Instituto, João Gabriel Silva, a corrigir algumas falhas na atribuição de financiamento por fundos europeus.

Por exemplo, sugeriu que se dê preferência às empresas disponíveis a pagar a parte não financiada (atualmente, cerca de 15% em média), o que afastaria as que apenas querem "dinheiro fácil".

Por outro lado, defendeu que o valor a atribuir a cada projeto seja calculado por instituição e não por pessoa que nele trabalhe, como acontece atualmente no PT 2030, tornando quase impossível recrutar doutorados, num "convite à emigração" dos mais qualificados.

Em declarações aos jornalistas no final da visita, Sebastião Bugalho disse "Portugal está na linha da frente para consumar a inovação como a quinta liberdade da União Europeia" e a AD tem isso no seu programa, mas admitiu que "há problemas a resolver".

"Somos um país onde as qualificações estão a aumentar, mas onde, infelizmente, os salários não estão a aumentar ao ritmo das qualificações", lamentou.

Para o candidato da AD, "a inovação em Portugal não pode ser uma inovação precária, tem que ser uma inovação com salários dignos e que consigam acompanhar o ritmo das novas ideias de futuro".

O nono dia de campanha eleitoral da AD termina com um jantar-comício em Pombal, com a participação do presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro.

[Notícia atualizada às 18h19]

Leia Também: Bugalho aponta "empoderamento dos jovens" como prioridade nas decisões

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