Orçamento em crise? "Vamos ter muito ruído, mas depois negociação"

Luís Marques Mendes destacou que o processo de aprovação do OE não ficará completo sem uma "encenação" e "coreografia política" do PSD e do PS, que culminará com negociações.

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Notícias ao Minuto
07/07/2024 22:50 ‧ 07/07/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Luís Marques Mendes

O antigo líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Marques Mendes, considerou, este domingo, que o próximo Orçamento do Estado “vai ser aprovado”, mas não sem “encenação” e “coreografia política” por parte dos sociais-democratas e dos socialistas.

“O Orçamento vai ser aprovado. É do interesse de todos e os líderes políticos não costumam ser irracionais” nessas circunstâncias, apontou Luís Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário na SIC.

O social-democrata destacou, contudo, que o processo não ficará completo sem uma “encenação” e “coreografia política” do PSD e do Partido Socialista (PS), que culminará com negociações.

“No fundo, ninguém quer crise, nem vai haver crise”, disse, ao mesmo tempo que apontou que “o Governo não tem alternativa, porque é minoritário”.

“Vamos ter muito ruído, mas depois negociação”, resumiu.

É que, recorde-se, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, avisou que só é possível superar a posição de que "é praticamente impossível" viabilizar o Orçamento do Estado se o Governo não ignorar os socialistas, recusando ficar "aprisionado a uma governação" com que discorda, em declarações à Grande Entrevista da RTP3.

Tensão com forças de segurança. “Quem teve culpa foi António Costa e o seu Governo”

Na ótica de Luís Marques Mendes, “toda a gente tem razão” no que diz respeito à ‘tensão’ entre o Governo de Luís Montenegro e as forças de segurança, uma vez que o antigo primeiro-ministro, António Costa, “criou um problema do outro mundo”.

“Acho que não tinha o direito de fazer aquele suplemento para a Polícia Judiciária (PJ), que era justo, sem ao mesmo tempo acautelar a parte da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR)”, disse, atirando que “quem teve culpa foi António Costa e o seu Governo”.

Nessa linha, o social-democrata indicou que “este berbicacho vai ficar assim”, tendo em conta que, “a seguir aos polícias, é preciso fazer a mesma coisa nas Forças Armadas” e “não há dinheiro para tudo”.

Consequentemente, Marques Mendes equacionou que o Governo deveria “começar a pagar já, imediatamente, os valores que propôs”, realçando que “mais 200 ou 300 euros faz toda a diferença”.

Sublinhe-se que as negociações entre o Governo e os sindicatos da PSP e associações da GNR sobre a atribuição de um subsídio de risco permanecem, ao fim de três meses, sem acordo, depois de o MAI ter proposto um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

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