À saída da reunião da Comissão Política Nacional do PS que o mandatou, a seu pedido, para gerir a questão orçamental, Pedro Nuno Santos explicou que este é uma situação normal porque quando o partido está na oposição o "secretário-geral recebe o mandato para gerir o processo".
"A iniciativa é do Governo, portanto, o PS espera pela iniciativa do Governo. O orçamento não é apresentado por nós, não é feito por nós e portanto a iniciativa dependerá do Governo", respondeu quando questionado sobre quando iria contactar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para iniciar estas negociações.
A expectativa do líder do PS é que todos estejam "à altura do país", admitindo que estranharia se o Governo não se aproximasse das posições socialistas.
"De qualquer forma, agora a iniciativa em matéria orçamental é do Governo, como vocês sabem, e portanto esperaremos a iniciativa do Governo", insistiu, esclarecendo que o mandato que esta noite lhe foi conferido foi para gerir o processo orçamental.
O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, foi hoje mandatado pela Comissão Política Nacional do PS para iniciar um diálogo com o Governo em relação ao Orçamento do Estado, assegurando "boa-fé" nas negociações e recusando "linhas vermelhas".
Enquanto ainda decorria a reunião da Comissão Política Nacional de hoje, Marcos Perestrello, do Secretariado Nacional do partido, veio dar nota aos jornalistas desta decisão do órgão do partido.
Fontes socialistas adiantaram que foi Pedro Nuno Santos que pediu mandato à Comissão Política Nacional para gerir o processo orçamental.
"A Comissão Política Nacional do PS mandatou o secretário-geral do do PS para iniciar um processo de diálogo com o Governo relativo à aprovação ou não do próximo Orçamento do Estado", anunciou o dirigente socialista.
De acordo com Marcos Perestrello "existe do lado do PS uma vontade firme e verdadeira de construir um bom" orçamento, mas ressalvou que a obrigação de o aprovar "cabe em primeiro lugar ao Governo".
O PS, segundo o dirigente, está nestas negociações de "boa-fé" e assegurou a "preocupação de não partir para estas negociações com linhas vermelhas".
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