Carvalhêda. Parlamento lamenta morte de "um dos maiores nomes da rádio"
A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar pela morte do radialista Armando Carvalhêda, aos 73 anos, destacando "um dos maiores nomes da rádio portuguesa" que defendeu a música nacional.
© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images
Política Rádio
No voto de pesar, apresentado pelo PCP, refere-se que Armando Carvalhêda nasceu em Lisboa em 30 de dezembro de 1950 e teve a sua primeira experiência radiofónica em 1967, "num 'rádio pirata', Rádio Clube Alcácer do Sal, que ajudou a fundar".
O parlamento salienta ainda que, durante o serviço militar na Guiné-Bissau, em 1972, Armando Carvalhêda "participou num programa dirigido às Forças Armadas e, em 1973, iniciou o seu percurso profissional na Emissora Nacional".
"A sua atividade na rádio pública notabilizou-se pela defesa da música portuguesa e pela relevância que deu ao apoio aos jovens músicos, alguns dos quais deu a conhecer, nomeadamente através dos programas 'Cantos da Casa' e 'Viva a Música', da Antena Um", lê-se.
O voto de pesar destaca que, nesse programa semanal, que começou em 1996 e durou 25 anos, emitindo "música ao vivo e em direto", "passaram muitos dos maiores valores da música portuguesa das últimas décadas".
"A Assembleia da República, reunida em plenário, manifesta o seu pesar pelo falecimento de Armando Carvalhêda e expressa aos seus familiares, admiradores e à Rádio Pública Portuguesa, sentidas condolências", refere-se no voto de pesar.
O radialista Armando Carvalhêda, que se distinguiu como divulgador da música portuguesa, morreu em 09 de julho aos 73 anos, na sua casa no Meco, em Sesimbra, noticiou na altura a Antena 1.
Armando Carvalhêda distinguiu-se como autor do "Viva a Música", programa exclusivamente dedicado à divulgação da "música cantada em português", que realizou durante 24 anos, de 1996 a 2020, fazendo dele um dos programas com mais tempo de vida da Antena 1.
"Viva a Música", que muitas vezes arriscou a transmissão de música tocada em direto, revelando novos cantores, compositores e músicos, tinha produção de Ana Sofia Carvalhêda, filha do radialista.
Armando Carvalhêda nasceu em Lisboa, em 30 de dezembro de 1950, viveu a infância e a adolescência em Setúbal, e iniciou-se na rádio em 1967, naquela que foi a "primeira estação pirata" portuguesa, o Rádio Clube de Alcácer do Sal, que ajudou a criar, segundo a informação publicada pela Antena 1 no seu 'site' na Internet.
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