O presidente do Chega, André Ventura, afirmou que "é responsabilidade de todos os partidos, mas sobretudo daqueles que se sentem responsáveis pela situação económica e política em Portugal, comparecer" nas reuniões com o Governo.
"O Chega não está nestas negociações apenas para fazer corpo presente ou fingir que negoceia. Também não fazemos birras por estar, ou não, o primeiro-ministro", disse, depois de ter estado reunido com o Executivo, num encontro a que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não compareceu, por questões de saúde.
Ventura criticava o facto de o líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, ter optado por não participar na reunião com o Governo, representado nas negociações que decorrem esta sexta-feira pelos ministros das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento; da Presidência, António Leitão Amaro, e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.
"O que é importante não é estar A, ou B, mas começar a trabalhar para que o país tenha, em outubro, um Orçamento, que seja bom para quem trabalha, quem investe, para as famílias, para as empresas", vaticinou o líder do Chega.
André Ventura assegurou que "o Chega compareceu com aquilo que já tinha publicamente dito", ou seja, "que não está disponível para fingir que negoceia".
"Ou há vontade do Governo em verdadeiramente negociar e chegar a consensos, e também estamos de boa fé nessa negociação, ou, se o Governo quer simplesmente dizer 'É isto a que vimos, este é o programa que temos, querem aprovar, aprovem, não querem, não aprovem', não temos caminho para andar", lamentou.
O Chega considera que "a atitude que o Governo tem tido ainda pode mudar", mas "não tem sido boa", disse Ventura.
O Governo levou a cabo reuniões com os diferentes partidos com assento parlamentar, esta sexta-feira, para discutir a proposta de Orçamento do Estado para 2025. A última reunião do dia seria com o PSD e com o CDS-PP, mas acabou por ser adiada.
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