Para esse pedido de esclarecimentos a Ana Paula Martins, a bancada social-democrata utilizou a figura da pergunta, questionando a ministra se teve conhecimento prévio da campanha lança pela DGS em 9 de julho.
Em causa está um questionário 'online' intitulado 'Vamos falar de menstruação?', com o objetivo de "realizar um diagnóstico de situação sobre saúde menstrual em Portugal", e para o qual a DGS "convida à participação de todas as pessoas que menstruam".
A bancada do PSD considerou que, ao invés de utilizar a palavra "mulheres" nesta sua iniciativa, a DGS "optou pela expressão pessoas que menstruam" numa campanha que "motivou forte contestação e polémica junto da sociedade civil".
"Sucede que a mudança de linguagem deriva da ideologia defendida por alguns e não da ciência. Parece-me que uma entidade como a DGS, pelos seus propósitos e razão de existência, deveria ser a primeira entidade a usar a ciência como base para a sua atuação", refere a pergunta assinada pelo deputado Bruno Vitorino.
A menstruação é um processo fisiológico com impacto na saúde e bem-estar das 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐞𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐚𝐦.
— DGS (@DGSaude) July 9, 2024
A DGS vai realizar um diagnóstico de situação sobre a saúde menstrual em Portugal.
𝐏𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐞. 𝐒𝐚𝐢𝐛𝐚 +: https://t.co/zHjxP02iEo#DGS #saúdemenstrual pic.twitter.com/g0tzcE4sNX
Perante isso, o PSD pretende saber se a ministra da Saúde autorizou os termos em que a campanha foi lançada e "porque alterou a DGS a palavra "mulher" por "pessoa que menstrua"" e em que base científica sustentou essa "nova interpretação".
Questiona ainda qual a legislação nacional ou decisão de órgão de soberania que "ditou a aprovação da mudança de linguagem para a usada pela DGS".
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