A deputada socialista Isabel Moreira comentou, este domingo, a retirada da escritora Ana Rita Almeida da apresentação do livro 'Mamã, quero ser um menino!', na sequência da interrupção feita por membros da associação de extrema-direita 'Habeas Corpus'. "A violência cobarde e totalitária desta gente é insuportável", referiu.
Numa partilha feita na rede social X (antigo Twitter), Isabel Moreira afirmou que a "autora tem estatuto de vítima por causa das ameaças que sofre" e que, por "segurança", foi retirada da sala durante a apresentação do livro. "É inaceitável ainda estarmos aqui", escreveu ainda Isabel Moreira.
Recorde-se que a apresentação de 'Mamã, quero ser um menino!' decorria em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, quando foi interrompida por gritos de “acabou!” e “deixem as crianças em paz!”. As imagens do momento foram partilhadas pela associação de extrema-direita, com a legenda: "Missão cumprida".
Já estamos num ponto em que a autora tem estatuto de vítima por causa das ameaças que sofre e teve de ser retirada da sala pela GNR, para sua segurança. A violência cobarde e totalitária desta gente é insuportável. É inaceitável ainda estarmos aqui. https://t.co/DwHaE0TmYl
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) August 4, 2024
De lembrar ainda que o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, que preside à 'Habeas Corpus', autodenominada associação de defesa dos direitos humanos, já havia apelado ao boicote da apresentação do livro, tendo-se mesmo disponibilizado a suportar os custos da deslocação daqueles que quisessem estar presentes.
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