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PCP está "ao lado" das versões "piores possíveis do poder que oprime"

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) disse hoje não ter ficado surpreendido com a posição sobre a Venezuela do PCP, partido que está "sempre ao lado" das versões "piores possíveis do poder que oprime".

PCP está "ao lado" das versões "piores possíveis do poder que oprime"
Notícias ao Minuto

22:41 - 10/08/24 por Lusa

Política Iniciativa Liberal

Na sexta-feira, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, apelou à "responsabilidade do Governo português" para não reconhecer "um autoproclamado Presidente venezuelano", aludindo a Edmundo González Urrutia.

 

Questionado sobre esta posição, Rui Rocha afirmou que "do PCP isso não surpreende".

"Nós estamos habituados a que o PCP ali onde está um ditador, onde está um Estado totalitário, desde que seja da cor que o PCP reconhece, está sempre ao lado dessas versões, das piores possíveis do poder que oprime", afirmou o líder da IL, que falava aos jornalistas à margem da manifestação organizada pela associação Venexos, que juntou esta noite algumas dezenas de pessoas na Praça dos Restauradores, em Lisboa, pela mudança da Venezuela.

Admitindo que a posição do PCP não surpreende, Rui Rocha considerou, contudo, que "é a posição errada, é uma posição que define o PCP como partido que está do lado errado da história".

Portanto, "o Governo português andaria muito mal se desse ouvidos a essa pretensão do PCP", acrescentou, considerando que o executivo não o fará.

"Percebo que há um caminho da diplomacia para trilhar, que é importante depois" que "estes movimentos se façam também no quadro internacional da União Europeia, nomeadamente, mas é um caminho que o Governo português - até porque temos uma comunidade luso-venezuelana muito grande - deve trilhar e deve promover também, junto dos seus parceiros europeus", defendeu.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, vive uma crise eleitoral após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter atribuído a vitória a Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de cerca de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.

Leia Também: Luso-venezuelanos detidos? IL espera "veemência" do Governo

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