"Parece-me evidente que houve negligência por parte do presidente do governo regional, não só na abordagem do tema incêndios, como na forma como geriu os pedidos de socorro e de ajuda", afirmou o líder do Chega, em declarações aos jornalistas, quando visitava a Feira Agrícola do Vale do Sousa (Agrival), em Penafiel, no distrito do Porto.
Para André Ventura, se o pedido de ajuda tivesse sido feito de forma rápida e eficaz talvez não houvesse na Madeira a extensão do dano que se tem observado.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana.
Hoje, a proteção civil regional indicou que o fogo "está totalmente extinto".
O líder do Chega destacou que os políticos são cidadãos como os outros, tendo direito a ter as suas férias. Contudo, acrescentou, há momentos em que os políticos têm de saber parar, mesmo que sejam momentos de lazer e voltar ao trabalho, porque a população está dependente do seu trabalho.
"Acho que Miguel Albuquerque falhou nessa dimensão pessoal e também na dimensão política. Isto não é um ataque pessoal, é político", vincou.
Questionado pelos jornalistas sobre se essa situação justificaria a demissão do presidente do Governo da Madeira, Ventura respondeu: "Na minha opinião, Miguel Albuquerque devia pensar bem as consequências daquilo que fez e se tem condições políticas e continuar".
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