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Do OE a Gaza. Tudo o que disse Costa na 'despedida' do "dia a dia do PS"

O ex-líder do PS antecipou que nos próximos anos estará "menos presente na atividade do dia a dia do PS" do que esteve nas últimas décadas, mas assegurou que continuará "cá".

Do OE a Gaza. Tudo o que disse Costa na 'despedida' do "dia a dia do PS"
Notícias ao Minuto

07:47 - 01/09/24 por Notícias ao Minuto

Política PS

O antigo primeiro-ministro, António Costa, regressou aos eventos partidários do Partido Socialista (PS) na noite de sábado, já com 'um pé' na Europa. Além de ter abordado as negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e a situação em Gaza, o presidente eleito do Conselho Europeu assegurou que a sua "maior ausência não significa menor pertença" ao seu partido, "que é o PS e que continuará sempre a ser o PS".

 

Num discurso muito centrado nas questões europeias, tema do qual se vai ocupar na presidência do Conselho Europeu, António Costa foi questionado por um dos jovens que participa na Academia Socialista, que decorre até domingo, em Tomar, sobre as negociações do OE2025 e o sentido de voto que o PS deverá adotar.

"Sobre o Orçamento do Estado creio mesmo que posso dizer o seguinte: acho que poucas pessoas têm tanta experiência como Pedro Nuno Santos a negociar orçamentos com sucesso", começou por enfatizar, numa curta resposta.

Para o ex-líder do PS, "se não houver sucesso numa negociação do orçamento seguramente não será por culpa de quem já deu tantas provas de saber negociar orçamentos".

Costa tinha começado por referir que tinha a felicidade de ter dois sucessores, um que governa enquanto primeiro-ministro e outro que lidera a oposição como secretário-geral do PS.

"O que governa contribui para as prioridades, o que lidera a oposição contribui para as prioridades", disse.

O antigo chefe do Executivo desejou ainda as "maiores felicidades" à futura comissária europeia Maria Luís Albuquerque, escusando-se a comentar as críticas a respeito da escolha da ex-ministra das Finanças.

"É uma escolha do Governo, só tenho a desejar-lhe as maiores felicidades nessas funções", afirmou, tendo ressalvado que, agora, limita-se a ouvir as críticas.

"Tenho ouvido essas críticas, eu agora só ouço", disse.

Costa salientou ainda que a Europa não pode ter "duplos critérios" sobre valores e que é tão relevante que haja respeito pelo direito internacional, seja pela Rússia seja por Israel.

"A Europa tem de saber liderar naquilo em que é imbatível, que é nos valores, e tem de o fazer de uma forma que não tenha duplos critérios e em que perceba como uma vida humana em Gaza vale tanto como uma vida humana na Ucrânia", avisou.

Para o ex-primeiro-ministro, "o respeito pelo direito internacional pela Rússia é tão relevante como o respeito pelo direito internacional por Israel".

"E é isso que dá credibilidade à Europa e que pode permitir à Europa afirmar-se com credibilidade ao nível global", enfatizou.

Na reta final do discurso, o ex-líder do PS antecipou que nos próximos anos estará "menos presente na atividade do dia a dia do PS" do que esteve nas últimas décadas, mas assegurou que continuará "cá".

"Essa minha maior ausência não significa menor pertença ao meu partido, que é o PS e que continuará sempre a ser o PS. Pode ser que me vejam menos, mas eu estou cá", disse.

Leia Também: "Vida em Gaza vale tanto como na Ucrânia. Europa tem de saber liderar"

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