Magna Costa é candidata à liderança do Chega/Madeira

A deputada do Chega no parlamento da Madeira Magna Costa apresentou hoje a candidatura à liderança da estrutura regional e disse que o seu projeto visa "reencontrar e recuperar" a credibilidade do partido na região autónoma.

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© Magna Costa/Facebook

Lusa
06/09/2024 23:40 ‧ 06/09/2024 por Lusa

Política

Chega

"Não poderíamos ficar em silêncio perante a falta de credibilidade política que o Chega/Madeira acabou por ter", afirmou, considerando que a responsabilidade é do atual líder, Miguel Castro, que, segundo disse, "tem poucas condições para continuar a gerir o partido".

 

Magna Costa falava no decurso de um jantar com a presença de cerca de 200 militantes e simpatizantes, no Funchal, em que apresentou a sua candidatura à liderança da estrutura regional do Chega.

"Estamos aqui hoje com a mesma garra e a mesma vontade com que iniciámos, vamos assumir com dever e consciência a representação do Chega/Madeira, vamos representar os militantes e não militantes do partido Chega, que estão preocupados com o futuro da Madeira e não querem trocar o seu futuro por qualquer preço, nem por vantagens pessoais", declarou, vincando que o partido conta com "pessoas válidas que não podem ser afastadas".

"Perseguições, ameaças e qualquer falta de respeito aos militantes, comigo não passarão", reforçou.

Magna Costa integra o grupo parlamentar do Chega na Assembleia Legislativa da Madeira, composto por quatro elementos, mas em 04 de julho votou contra o Programa do Governo Regional (PSD) para a legislatura 2024-2028, contrariando o sentido de voto dos outros três deputados, que se abstiveram e, dessa forma, contribuíram para a aprovação do documento.

Mais tarde, em 17 de julho, não participou na sessão plenária da votação final global do Orçamento da região autónoma para 2024, o primeiro apresentado por um governo minoritário social-democrata e previamente negociado com partidos da oposição.

O Orçamento foi aprovado com 19 votos a favor do PSD, dois do CDS-PP e um do PAN, contando com a abstenção de três deputados do Chega e 21 votos contra do PS (11), JPP (nove) e IL (um).

O parlamento regional é constituído por 47 deputados, sendo 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da IL e um do PAN.

Na altura, o líder regional do Chega, também deputado na Assembleia Legislativa, Miguel Castro, admitiu que Magna Costa andava "completamente desalinhada com o grupo parlamentar" desde a noite das eleições antecipadas, em 26 de maio.

A deputada reagiu explicando que ter votado o Programa do Governo Regional em consonância com as "bandeiras e diretrizes de combate à corrupção" defendidas pelo Chega.

Hoje, no jantar de apresentação da candidatura, Magna Costa vincou que o seu projeto passa por organizar o partido ao nível regional, nomeadamente com a criação de estatutos, e apontou as autárquicas de 2025 como o "maior desafio".

"O Chega na Madeira tem de se reencontrar, tem que ser consciente na forma da sua ética, nos seus valores, que devem estar no serviço à população, liderando sempre pelo exemplo e pelos princípios", disse, para depois acrescentar: "Precisamos de refletir o nosso partido, precisamos de mudar o presente, precisamos de acreditar no futuro e dar resposta aos anseios da população."

As eleições internas no Chega/Madeira estão marcadas para o dia 22 de setembro, mas o partido não indicou ainda quantas listas concorrem, nem quantos militantes estão em condições de votar.

Leia Também: Marcelo não reúne com Chega sobre referendo por "razões constitucionais"

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