O comentador político e antigo presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Marques Mendes, considerou, este domingo, que a nomeação de Amadeu Guerra para Procurador-Geral da República (PGR) foi uma "excelente escolha", que "da Direita à Esquerda, praticamente ninguém criticou".
"Nos setores da magistratura, de um lado e de outro, houve só elogios. É muito difícil normalmente uma decisão de escolha de uma pessoa concitar quase unanimidade nacional. Foi o caso, portanto, parece que o país gostou", disse Marques Mendes, no seu espaço habitual de comentário político na SIC.
Nas mesmas declarações, o antigo líder social-democrata defendeu que Amadeu Guerra é, também, "uma boa escolha porque tem um perfil que é próximo, por exemplo, da melhor PGR, Joana Marques Vidal".
"Trabalhou de perto com ela, foi uma espécie de numero dois. É uma pessoa muito experiente, muito competente, com capacidade de liderança, de comunicação, sobretudo de motivação e organização interna", continuou.
Marques Mendes elogiou que, "desta vez, o primeiro-ministro e o Presidente da República acertaram, estão de parabéns, ao contrário do que aconteceu noutras circunstâncias há seis anos".
Deixou, ainda, um apelo: "Esperemos que isto contribua para aliviar um pouco o ambiente que tem estado muito sensível, no domínio do Ministério Público".
Orçamento? "[As partes] estão desavindas, está a tentar aproximá-las"
O comentador político aproveitou também para referir, sobre as negociações para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "está a fazer aquilo que os portugueses nesta altura querem, que é tentar aproximar as partes".
O chefe de Estado, admitiu, este domingo, que exerceu "influência" e "pressão" sobre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e sobre o secretário-geral do Partido Socialista (PS), que estiveram reunidos na sexta-feira para debater o OE2025.
"[As partes] estão desavindas, está a tentar aproximá-las. Marcelo Rebelo de Sousa tem aqui uma autoridade muito especial nesta matéria, porque, nos anos 1990, era líder do PSD e António Guterres era primeiro-ministro, pelo PS. O Governo era minoritário e Marcelo viabilizou três Orçamentos para que não houvesse crise", continuou, concluindo: "Ele agora pode dizer: 'Fiz isto do lado do PSD ao PS, é a oportunidade agora de os senhores fazerem um esforço e pensem no país'".
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