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PS condena posição de Israel sobre Guterres. "Violência tem de terminar"

Pedro Nuno Santos condenou as declarações do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita. O líder da oposição mostrou-se "solidário" com António Guterres, defendendo o "reconhecimento internacional de um estado palestiniano".

PS condena posição de Israel sobre Guterres. "Violência tem de terminar"
Notícias ao Minuto

02/10/24 18:08 ‧ Há 2 Horas por Mariana Ferreira Azevedo com Lusa

Política Israel/Palestina

"Lamentamos e repudiamos as declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Estado de Israel que atingem toda a ONU - e não apenas o seu Secretário-Geral", escreveu Pedro Nuno Santos na plataforma X.

 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel considerou o Secretário-Geral das Nações Unidas uma 'persona non grata". 

"Quero manifestar toda a minha solidariedade e apoio ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pela forma corajosa como tem defendido a paz e condenado todas as formas de violência no Médio Oriente", declarou Pedro Nuno Santos.  

O líder do Partido Socialista afirmou ainda que "a escalada de violência tem de terminar", defendendo o "reconhecimento internacional de um estado palestiniano".

"O Governo não pode permanecer indiferente às declarações do MNE de Israel, em coerência com o discurso recente do primeiro-ministro nas Nações Unidas. Esperamos, portanto, uma reação oficial do governo português", concluiu. 

A classificação de Guterres como "persona non grata" aconteceu na sequência de um ataque do Irão a Israel na noite de terça-feira. O ministro israelita, Israel Katz, critica Guterres por não ter condenado este ataque. 

"Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos", disse Katz num comunicado.

O Governo do Irão lançou, na noite de terça-feira, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelo assassinato do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.

As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão.

O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.

Na sequência do ataque iraniano, Israel pediu na terça-feira à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, algo que o Irão também tinha solicitado no sábado, após uma vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano.

[Notícia atualizada às 18h18]

Leia Também: Portugal pede a Israel que reconsidere Guterres como 'persona non grata'

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