A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, esteve presente na manifestação pela paz no Médio Oriente que decorreu este sábado em Lisboa.
A bloquista foi questionada acerca da leitura que o BE fazia sobre as reuniões secretas que terão acontecido entre o Chega e o Governo por forma a existir um "acordo à Direita" em relação ao Orçamento, dizendo: "Não desvalorizo este processo orçamental inédito, que tem, aliás, tido episódios grotescos, mas estamos perante uma guerra internacional. E eu volto a perguntar: em que é que nos estamos a transformar? Preocupados com o nosso umbigo enquanto há uma guerra ao nosso lado e milhares de pessoas a morrer".
E acrescentou: "Repito: não desvalorizo o processo orçamental. Tem tido cenas grotescas, mas também temos de falar sobre a guerra, sobre a paz, sobre direito internacional" e dos povos que estão a ser "atacados todos os dias enquanto os governos ocidentais olham para o lado".
Sublinhando que era sobre isso que queria falar durante o dia de hoje, enquanto vários manifestantes estão nas ruas de Lisboa, Mariana Mortágua considerou que "o mundo está a perder os horizontes e a bússola da diplomacia do direito internacional".
"Não temos mais tempo a perder. Não pode haver mais complacência, não pode haver mais justificações nem desculpas. Esta guerra tem de ser travada e para travar esta guerra é preciso parar Israel. É preciso para o governo do Israel e de Netanyahu, que é um governo de extrema-direita que está a proceder a uma limpeza étnica e uma guerra contra toda a região", referiu durante a sua intervenção.
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