"Caro companheiro Luís Montenegro, o companheiro está a sair melhor que a encomenda", desabafou o militante de base João Gameiro Alves a partir do púlpito do 42.º Congresso Nacional do PSD, que decorre até domingo em Braga.
Gameiro Alves estava entusiasmado com o seu próprio discurso de três minutos, que resume o estado de espírito manifestado, sob variadas formas, pelos delegados que subiram ao púlpito do Fórum Braga, onde decorre a reunião.
Gameiro Alves considerou que Montenegro "fez mais em seis meses como primeiro-ministro" do que qualquer outro dos seus antecessores, sem discriminar sociais-democratas ou socialistas.
Carlos Sousa Pereira, um militante do Algarve, foi dos primeiros a discursar após a retoma dos trabalhos após o almoço, cerca das 15h45, para elogiar Montenegro e a sua governação social-democrata.
"Temos obrigação de manter as portas da social-democracia escancaradas", defendeu Carlos Pereira, expressando uma opinião diferente da de Félix Esménio, para quem "a política tem de ser menos teatro, menos intolerância e menos impulsividade".
Luís Vales prosseguiu o tom elogioso que marcou a reabertura dos trabalhos, apontando aquilo que considerou a reviravolta operada pelo atual Governo no Serviço Nacional de Saúde.
"O PSD está a cumprir Abril e a defender o SNS", salientou.
José Augusto Felício manifestou também contentamento com o rumo do executivo e pediu "um partido aberto, virado para o país".
A mesma opinião foi defendida pelo ex-secretário de Estado Paulo Júlio , que elogiou Montenegro e considerou que "o PS, ou entrega o país à beira da bancarrota, ou entrega o país à beira do caos", apontando o caso da saúde.
As intervenções dos dirigentes mais conhecidos deverão ocorrer a partir das 17h00, prevendo-se que, cerca das 18h00, Luís Montenegro suba ao púlpito para anunciar as suas listas aos órgãos nacionais.
Ainda antes do anúncio, deverá chegar o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes, apontado como o possível candidado presidencial apoiado pelo partido.
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