O antigo líder do Partido Social Democrata (PSD) Luís Marques Mendes rejeitou abordar uma eventual candidatura às eleições presidenciais, tendo dado conta de que falará sobre o tema apenas "em 2025".
"Estamos exatamente no mesmo ponto. Sobre eleições presidenciais falaremos em 2025, no próximo ano. Neste momento, a prioridade não é essa", começou por dizer o comentador, à chegada do Congresso Nacional do PSD, que está a decorrer em Braga, este sábado.
Marques Mendes ressalvou, contudo, que uma eventual candidatura a Belém se trata de "uma decisão individual".
"Registei com simpatia o gesto do primeiro-ministro ao falar de mim, mas quero sublinhar que esta é uma decisão individual, pessoal, às vezes quase solitária. Por isso, sobre essa matéria, falarei, sem dúvida, para tomar uma decisão, num sentido ou noutro, em 2025", reforçou.
É que, recorde-se, Luís Montenegro afirmou, na semana passada, que Marques Mendes "é um dos que encaixa melhor" no perfil a candidato presidencial que traçou na moção ao Congresso do PSD, durante uma entrevista conduzida por Maria João Avillez, na SIC.
"Podemos concluir que ele encaixa bem no perfil que está na minha moção de estratégia e que será apreciada no próximo Congresso. Não é o único, mas é um daqueles que encaixa melhor nesse perfil", disse.
Saliente-se que, no fim de agosto, na Universidade de Verão do PSD em Castelo de Vide, Marques Mendes afirmou que estava "mais próximo do que nunca" de tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura presidencial, prometendo falar daqui a uns meses, seja para avançar ou não.
De qualquer modo, Marques Mendes sublinhou ter decido marcar presença no evento por uma "razão afetiva", tendo em conta de que se trata da sua "família política", mas também por uma "razão política".
"Venho aqui sobretudo para dar um abraço a Luís Montenegro. Luís Montenegro iniciou um novo ciclo político; não é apenas o do regresso do PSD ao poder. Há 29 anos que o PSD não governava em tempos de alguma normalidade económica e financeira. Acho que Luís Montenegro tem vindo a ser a surpresa política deste ano pela forma como tem governado, com maturidade, responsabilidade e enorme sentido de Estado", disse.
Luís Marques Mendes, que recebeu alguns aplausos quando foi anunciada a sua presença na sala, salientou ainda que esta semana "foi uma semana histórica" por se ter evitado uma crise politica com o anúncio da intensão do PS de abster na votação do Orçamento do Estado.
"Evitou-se uma crise política para Portugal e estão de parabéns os dois líderes políticos que fundamentalmente tiveram responsabilidade nesta matéria. Luis Montenegro, que teve uma grande vitória, e Pedro Nuno Santos que mostrou grande sentido de responsabilidade. E porque é que este momento é histórico? Se tivéssemos uma crise política eu acho que toda a gente ia sair mal nesta fotografia, os políticos, os partidos, o sistema democrático e a instituições", afirmou.
O antigo ministro nos governos liderados por Cavaco Silva e Durão Barroso assistirá sem discursar a uma parte dos trabalhos do Congresso Nacional do PSD, tal como em outros congressos em que esteve presente nos últimos anos.
[Notícia atualizada às 19h14]
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