"Aproximação". CDS congratula-se com alterações à disciplina de Cidadania

O CDS congratulou-se hoje com as alterações à disciplina de Cidadania anunciadas pelo primeiro-ministro no discurso de encerramento do congresso do PSD enquanto a Iniciativa Liberal criticou a falta de ambição demonstrada pelo Governo.

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Lusa
20/10/2024 15:54 ‧ 20/10/2024 por Lusa

Política

PSD/Congresso

"Há muitos anos que eu próprio e muitos outros dirigentes e políticos do CDS (...) lutam contra a ideologia colocada na Educação através duma disciplina que deve ser virada para o futuro dos jovens (...) A escola não serve para afirmar perspetivas ideológicas que, além de mais, são de parte apenas. A escola deve ser um espaço de ensino, é para isso que serve, também no que tem a ver com cidadania, a ideologia deve ficar do lado de fora do portão", afirmou o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, no 42º Congresso Nacional do PSD.

 

O líder do CDS, que integra o Governo do PSD, recusou haver uma aproximação da Aliança Democrática (AD) ao Chega: "Assinalamos medidas que são importantes para Portugal e que, de resto, vão em linha com aquilo que o CDS defende desde sempre e se tivesse que haver alguma aproximação seria em relação a um ideário e a um combate politico que há muitos anos mantém par o PDS e o CDS", disse Nuno Melo.

"O que hoje se apresenta é aquilo que o CDS há muito defende e o PSD também, não há aqui uma aproximação a mais ninguém", disse.

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo vai rever os programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de Educação para a Cidadania.

A Iniciativa Liberal, pela voz da eurodeputada Ana Martins, considerou que "faltou ambição" no discurso de Montenegro.

"A IL gostaria de ver uma abordagem mais ambiciosa para o pais nestes próximos dois anos, complicada com esta configuração parlamentar. Nós gostaríamos de ver mais ambição. Na área da saúde, na fiscalidade, na área da Educação", apontou.

A IL considerou que "o pais para poder enfrentar os desafios com que se depara há mais de duas décadas, com serviços públicos estagnados, a funcionar mal e a falhar e com uma economia estagnada e que não serve as novas gerações que tem que abandonar o país" precisava "de muito mais ambição e já".

Para o líder do Partido Popular Monárquico (PPM), que integrou também a Aliança Democrática, o discurso de Montenegro foi um "discurso de Estado".

"Achei o discurso de Estado, sem atacar ninguém e dando as suas medidas", disso Gonçalo da Câmara Pereira.

Também questionado sobre uma eventual aproximação às ideias do Chega, nomeadamente na Educação, o líder do PPM recusou essa leitura e insistiu que a AD tem ideias pró+rias, mas que o Chega não é mal vindo.

"O PSD e esta coligação AD  têm ideias próprias para a Educação. Se Chega se quiser aproximar com as suas ideias, acho muito bem que se aproxime, mas estas ideias são da AD e bem apresentadas por uma pessoa que se mostrou uma figura de estado", finalizou.

Leia Também: PSD deixou "principais problemas" de fora e anunciou "mão cheia de nada"

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