Congresso? "Coerência. Acho que sou genuíno. Não ando a testar nada"

Marques Mendes falou sobre a sua ida ao 42.º Congresso Nacional do PSD, comentou aqueles que considerou os grandes destaques da reunião e abordou ainda a viabilização do Orçamento do Estado pelo PS.

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© Flickr PSD

Carmen Guilherme
20/10/2024 23:07 ‧ 20/10/2024 por Carmen Guilherme

Política

PSD

Luís Marques Mendes, antigo líder do Partido Social Democrata (PSD), recusou, este domingo, ter marcado presença no 42.º Congresso Nacional do partido, que se realizou em Braga, para testar o apoio a uma eventual candidatura às presidenciais, mas sim por uma questão de "coerência". 

 

No seu habitual espaço de comentário, na SIC, Marques Mendes começou por reiterar o que já havia dito, no sábado, aos jornalistas, na chegada à reunião, justificando a sua presença com o facto de ser a sua "família política". 

"Não [quis testar o apoio do partido a uma eventual candidatura às presidenciais]. É a minha coerência. Tenho ido à maior parte dos congressos, não falo, mas tenho ido. Cheguei a estar no tempo de Rui Rio, cheguei a estar no tempo de Passos Coelho", começou por dizer.

"É a minha família política", reiterou, admitindo que se sentiu "muito bem" acolhido. 

O comentador aproveitou a ocasião para referir que faz um "enorme esforço de independência", que já lhe valeu "grandes amargos de boca". "A minha família política é aquela, não engano ninguém. Agora, depois, no momento em que aqui estou, não visto fato partidário e, por isso, critico umas vezes, elogio outras e isso dá-me, até, grandes amargos de boca", confessou.

"Cada um é como é. E eu fiz isso porque é a minha maneira de ser. Acho que sou genuíno. Eu não ando a testar nada", completou sobre o tema. 

Congresso "mais descontraído do que é habitual"

Sobre o Congresso em si, o antigo líder social-democrata destacou que a "atmosfera política descomprimiu" após semanas de "alta tensão" por causa do Orçamento do Estado para 2025 e, por isso, foi "mais ou menos mais descontraído do que é habitual". 

Quanto a destaques da reunião deste fim de semana, Marques Mendes considerou "positivo" o facto de Luís Montenegro ter feito uma "desgovernamentalização da sua direção", do seu "núcleo duro partidário", a "excelente escolha" de Leonor Beleza para sua vice-presidente e, por último, o seu discurso de encerramento. "Foi o momento mais alto do congresso", notou, numa referência à apresentação de "uma espécie de programa de ação para os próximos meses com várias novidades". 

Interrogado sobre se Montenegro está a tentar atrair o eleitorado do Chega, nomeadamente ao anunciar medidas em áreas como a imigração, Marques Mendes considerou que essa não será a "intenção". 

"É evidente que, nessas áreas, faz sentido algumas mexidas", apontou.

OE?  "A decisão de Pedro Nuno Santos está certa"

Antes, Luís Marques Mendes havia comentando o facto de o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, ter anunciado que vai propor a abstenção do partido na votação do Orçamento, permitindo a viabilização do mesmo, naquela que descreveu como a decisão "certa". 

Para o comentador, Pedro Nuno Santos já poderia ter "tomado uma decisão mais cedo", evitando "algumas divisões internas que deixam as suas marcas", mas, "em qualquer circunstância, para a história o que fica, é a decisão".  "E acho que a decisão dele está certa", frisou.

Marques Mendes considerou que Pedro Nuno Santos "atuou bem do ponto de vista do interesse do país, porque com o seu voto evita uma crise política", tomou também uma boa decisão para "o próprio PS", uma vez que considera que "não era um bom momento" para levar o partido a eleições e, por último, tomou uma boa decisão para si próprio.

"A credibilidade de um líder é uma questão também importante para os partidos. Acho que ganha credibilidade do país, ganha estatuto. Os portugueses, de um modo geral, recompensam, digamos assim, politicamente, as pessoas que atuam em função do interesse nacional", apontou.

Fazendo um balanço das negociações do Orçamento, para Marques Mendes há três vencedores - Pedro Nuno Santos, o Presidente da República e o primeiro-ministro - e um perdedor - o Chega, que revelou "instabilidade". 

Leia Também: PSD. Regresso de Leonor Beleza e anúncios de governo marcaram reunião

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