PSD acusa Ventura de manobra deplorável com subsídios de morte e funeral

O líder da bancada do PSD acusou hoje o presidente do Chega de ter recorrido a uma manobra "deplorável" ao provocar uma confusão entre subsídios de morte e de funeral, dizendo que o último é uma prestação única.

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Lusa
31/10/2024 17:18 ‧ há 3 semanas por Lusa

Política

Orçamento do Estado

Hugo Soares falava no encerramento do debate parlamentar na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025 e abriu a sua intervenção com esta referência ao discurso momentos antes feito por André Ventura.

 

"Senhor deputado André Ventura, por uma questão de decência quero dizer-lhe o seguinte: Tanto quanto consegui apurar confundiu de propósito subsídio de morte e subsídio de funeral", declarou.

Depois, Hugo Soares deixou uma crítica direta a André Ventura: "O que aqui fez foi absolutamente deplorável do ponto de vista político".

De acordo com o presidente do Grupo Parlamentar do PSD, o subsídio de funeral é uma prestação de concessão única para compensar as despesas efetuadas com o funeral de um familiar ou de qualquer outra pessoa.

"Para ter direito ao subsídio, o cidadão tem de ser residente em Portugal ou equiparadas a residentes ou pertencer a um país ao qual Portugal tem um acordo para estas situações.

O presidente do Chega, no seu discurso, tinha afirmado que o Estado se recusa a pagar subsídios a crianças que morrem para lhes pagar o funeral, porque "nunca pagaram nem descontaram para a Segurança Social", contraponto com os "subsídios dados a minorias" e imigrantes.

"Miseráveis os que apoiaram durante 40 anos este sistema", defendeu.

Perante o desmentido de Hugo Soares, já no final do debate, mesmo antes da votação, o presidente do Chega voltou a pedir a palavra para insistir na sua tese, alegando informação recolhida no site da Segurança Social.

Antes, o líder do Chega tinha já provocado um incidente nesta sessão de encerramento do debate do Orçamento, quando referiu que a proposta em apreciação traz "mais multas de trânsito, mais impostos sobre o consumo".

"É um governo que é tão ladrão quanto era o ladrão anterior", disse -- palavras logo a seguir advertindo pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

Hugo Soares, no seu discurso, visou por várias vezes o Chega, partido que vota contra na generalidade a proposta de Orçamento. Logo no início da sua intervenção, o presidente do Grupo Parlamentar do PSD deixou a seguinte crítica: "Quem não convive de forma sã com os cumprimentos e a responsabilidade democrática não tem a maturidade para pôr o interesse nacional à frente dos interesses meramente partidários".

"Pode ser que se enganem", concluiu.

[Notícia atualizada às 23h35]

Leia Também: Pedro Nuno Santos: "Este não é nem nunca será o orçamento do PS"

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