Em comunicado, a associação cívica 'Porto, O Nosso Movimento' diz ter sido surpreendida pela demissão de Tiago Mayan motivada "por uma confessa falsificação de documentos".
A associação "vem publicamente lamentar e repudiar o comportamento deste autarca que integrou as listas do movimento independente à UFAFDN no âmbito do acordo com o Iniciativa Liberal".
Tiago Mayan demitiu-se na quinta-feira do cargo de presidente da junta, alegando falta de "condições pessoais para continuar a exercer" o cargo, assumindo que o motivo era da sua "inteira responsabilidade".
Em causa está a assunção, por Tiago Mayan, da falsificação de assinaturas do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, numa ata datada de 16 de setembro, elaborada e falsificada pelo ex-candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal (IL), segundo uma outra ata de uma reunião entre o júri e o executivo da junta, na quarta-feira.
O movimento, liderado pelo vice-presidente da Câmara do Porto, manifesta ainda "confiança política no restante executivo" e defende que a substituição de Tiago Mayan deve "decorrer conforme os mecanismos legalmente previstos".
Em causa está o Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, que nesta edição contemplava um valor global de 875 mil euros.
À semelhança das anteriores edições, o apoio é atribuído pelas juntas de freguesia às associações, tendo o município destinado uma verba máxima de 120 mil euros a cada freguesia.
Tiago Mayan foi eleito, em setembro de 2021, presidente da junta com 36,92% dos votos, pelo movimento independente "Rui Moreira: Aqui Há Porto", apoiado pela Iniciativa Liberal (IL), CDS-PP, Nós Cidadãos e MAIS.
Foram eleitos para o executivo da junta Ana Júlia Furtado, José Ramos, Laura Lages Brito, Germano Castro Pinheiro, Tiago Lourenço (PSD) e Cláudia Bravo (PSD).
Tiago Mayan, ex-candidato presidencial da IL, formalizou em julho a sua candidatura à liderança do partido por estar insatisfeito com o rumo do mesmo e entender que a IL precisa de alcance, amplitude e arrojo.
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