"Acho que é daquelas coisas que só comprovam aquilo que nós andamos a dizer há anos a esta parte. É preciso acabar com a guerra porque daquilo que sei os danos, felizmente, são danos apenas materiais, mas podiam não ter sido", atirou Paulo Raimundo.
À margem da inauguração da exposição "Camões, poeta do povo num mundo em mudança" na Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, o dirigente comunista considerou que quanto mais a guerra se prolongar mais coisas deste tipo vão acontecer.
Na sua opinião, o Governo português tem de se empenhar na construção da paz e não da guerra.
E questionou: "Quanta mais destruição e quantos mais mortos vão ter que haver para se perceber que a única solução que está nas mãos dos povos é a solução política e negociada do fim da guerra?".
Dizendo que a situação é condenável, Paulo Raimundo frisou que todos os intervenientes na guerra têm de dar o passo, desde a Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos, a União Europeia e a NATO.
Seis missões diplomáticas, entre elas a de Portugal, foram danificadas pelos ataques russos que atingiram hoje de manhã um bairro nobre do centro de Kyiv, afirmaram diplomatas ucranianos.
Além da de Portugal, foram atingidas as missões diplomáticas da Albânia, Argentina, Autoridade Palestiniana, Macedónia do Norte e do Montenegro, divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano numa mensagem.
A maioria destas missões está localizada no mesmo edifício.
Portugal, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a alta-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, condenaram já os bombardeamentos russos.
Leia Também: IL, Livre e PAN condenam ataque russo à Embaixada e pedem resposta da UE