O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, considerou, este domingo, que "a polémica rusga realizada no Martim Moniz e a reação do Governo às críticas generalizadas merece alguns comentários".
Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), Pedro Nuno Santos teceu três comentários em relação à "direita portuguesa", à "segurança dos portugueses" e à "responsabilidade do primeiro-ministro e do seu Governo".
O líder do PS começou por afirmar que "a Direita portuguesa acha que uma rusga ocasional, desproporcional e sem resultados relevantes é a chave para a segurança dos portugueses".
Em segundo lugar, salientou que, "se Portugal é um dos países mais seguros do mundo, é porque os diferentes governos do Partido Socialista o permitiram", garantindo ainda que "o PS sempre foi mais eficaz a garantir a segurança dos portugueses".
"A segurança é mantida de forma mais eficaz através de estratégias assentes no policiamento de proximidade, regular e permanente; da instalação das câmaras de vídeo vigilância, já aprovadas, para as zonas de maior risco, e de investimento no espaço público; e da existência de iluminação pública (a primeira é da responsabilidade do Governo e as últimas são da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa)", pode ler-se na publicação do secretário-geral do PS.
Se a insegurança se agravar nos próximos anos, tal será da responsabilidade do primeiro-ministro e do seu Governo
Pedro Nuno Santos terminou as críticas com um aviso. Afirmou que "tendo este Governo recebido uma herança reconhecidamente positiva nesta área, como já referido por diversas vezes pelo primeiro-ministro, se a insegurança se agravar nos próximos anos, tal será da responsabilidade do primeiro-ministro e do seu Governo".
Passados alguns dias, a polémica rusga realizada no Martim Moniz e a reação do governo às críticas generalizadas merece alguns comentários.
— Pedro Nuno Santos (@PNSpedronuno) December 29, 2024
O primeiro é que a direita portuguesa acha que uma rusga ocasional, desproporcional e sem resultados relevantes é a chave para a segurança…
Este domingo, recorde-se, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, frisou, em entrevista ao Diário de Notícias, que Portugal deve olhar para os imigrantes que procuram o país "como novos portugueses", rejeitou colagens a extremismos e admitiu que "não gostou de ver" as polémicas imagens com as pessoas encostadas à parede, no Martim Moniz.
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