PS tem gerido o processo para as presidenciais de forma "atabalhoada"

Adão e Silva, ex-ministro da Cultura, critica a forma como Pedro Nuno Santos tem gerido as putativas candidaturas, o que pode estar a "diminuir a capacidade" dos candidatos se afirmarem.

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Notícias ao Minuto
17/01/2025 09:41 ‧ há 10 horas por Notícias ao Minuto

Política

Pedro Adão e Silva

Pedro Adão e Silva, ex-ministro da Cultura de António Costa, considera que o Partido Socialista (PS) tem gerido de forma "atabalhoada" o processo de escolha de um candidato para as eleições presidenciais de 2026.

 

Em declarações à SIC Notícias, na noite de quinta-feira, o comentador realçou que tem havido "um problema, que é o método como todo este processo tem sido gerido" e que, aliás, diz ser "transversal" aos dois maiores partidos: "PS e PSD".

Para Adão e Silva a "capacidade para especular quem pode ser o candidato diminui a possibilidade de se ter um candidato". "A partir do momento que o PS diz 'vamos ter um candidato', tem de escolher politicamente e aquilo que se passou – e há muitas pessoas que têm identificado vários problemas que têm acontecido na liderança de Pedro Nuno Santos – é que o processo que tem acontecido de forma mais atabalhoada é o das presidenciais", criticou.

"Aquela entrevista à CNN de Pedro Nuno Santos, onde especulou sobre vários candidatos e até junto alguns que não faziam parte da equação é exatamente aquilo que não podia e não devia ter sido feito", atirou, acrescentando que isso está a "diminuir a capacidade de qualquer um deles se afirmar".

Na opinião do ex-ministro, as próximas eleições presidenciais serão "muito diferentes das cinco anteriores", a começar pelos possíveis candidatos ao cargo. "São pessoas muito respeitáveis, com grandes qualidades intelectuais e políticas, mas ao comparar com os que foram presidentes no passado há uma grande diferença", sublinhou.

Já sobre as Autárquicas 2025, Pedro Adão e Silva diz compreender a escolha de Pedro Nuno Santos para Lisboa – de Alexandra Leitão – mas lamenta ter sido feita "só agora", uma vez o mandato de Carlos Moedas primou pela "falta de resolução de problemas".

"Eu vivo em Lisboa, sou lisboeta e sou um dos muitos que faz uma avaliação muito negativa da paralisia em que está Lisboa, onde não se resolveu nenhum problema e senti sempre uma falta de voz de alguém que desse voz e construísse uma alternativa à cidade", concluiu.

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