Comissão executiva do SNS? "Não vejo uma real utilidade"

Luís Marques Mendes disse acreditar que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, "terá pressionado" o CEO do Serviço Nacional de Saúde (SNS) agora demissionário, António Gandra d'Almeida, a apresentar o pedido de demissão do cargo após uma investigação da SIC dar conta de que este tinha acumulado funções de diretor da delegação regional Norte do INEM com as de médico tarefeiro nas Urgências de Faro e Portimão.

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Notícias ao Minuto
19/01/2025 23:44 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto

Política

Marques Mendes

O antigo líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Marques Mendes, afirmou que o CEO do Serviço Nacional de Saúde (SNS) demissionário, António Gandra d'Almeida, "não tinha alternativa" a não ser apresentar o pedido de demissão, na sexta-feira.

 

No habitual espaço de comentário na SIC Notícias, este domingo, Luís Marques Mendes disse acreditar que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, "terá pressionado" Gandra d'Almeida, tendo em conta que a governante não demorou muito a aceitar a demissão.

"A minha convicção é que a ministra terá pressionado logo para que Gandra d'Almeida apresentasse o pedido de demissão. Não sei se foi assim, mas não me surpreendia que tivesse sido", referiu o comentador.

Marques Mendes indicou também que está de acordo com as declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes: "Concordo, concordo totalmente".

"Acho que um perfil mais técnico e menos político era de todo aconselhável e recomendável. Se a ministra for para um critério mais político - e se quisermos acrescentar até mais partidário -  acho que faz mal", sublinhou, secundando a ideia avançada por Carlos Cortes, no sábado, em declarações à agência Lusa.

Marques Mendes aproveitou ainda para lembrar que nunca esteve de acordo com uma comissão executiva do SNS e questionou: "Onde é que as coisas melhoraram?" [nos dois anos após o surgimento do organismo]. 

"Não vejo uma real utilidade" na comissão, vincou, dizendo ainda que, na sua opinião, esta "pode ser foco de conflitos com outras entidades". "Criou-se mais um serviço, mais um instituto, mais cargos dirigentes", afirmou, acrescentando que "esta relação do custo-benefício, custo-utilidade devia ser debatida".

Recorde-se que uma investigação da SIC deu conta de que o CEO, agora demissionário, António Gandra D'Almeida, tinha acumulado funções de diretor da delegação regional Norte do INEM com as de médico tarefeiro nas Urgências de Faro e Portimão.

Este domingo, o jornal Público avançou que Gandra D'Almeida terá também prestado serviços no Hospital de Gaia nos mesmos anos em que era cargo dirigente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e até ao ano passado, altura em que foi escolhido para o cargo de CEO do SNS.

Gandra d'Almeida também terá acumulado funções em Hospital de Gaia

Gandra d'Almeida também terá acumulado funções em Hospital de Gaia

O CEO do Serviço Nacional de Saúde demissionário terá também trabalhado como tarefeiro no Hospital de Gaia nos mesmos anos em que já teria acumulado funções noutras urgências.

Notícias ao Minuto | 16:40 - 19/01/2025

Leia Também: Montenegro "tem mais motivos para estar intranquilo" após demissão no SNS

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