Hugo Soares acusa PS de estar focado em eleições antecipadas

O secretário-geral e líder da bancada do PSD acusou hoje o PS estar focado em legislativas antecipadas e considerou que os socialistas têm formado um "governo sombra" com o Chega no parlamento para dificultar a ação do executivo.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
23/01/2025 22:41 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

PSD

Hugo Soares foi hoje o orador convidado de um jantar-debate promovido pelo International Club of Portugal, numa intervenção com o tema "Há um Governo na ou da Assembleia da República?", em que repetiu uma posição que tem defendido, tal como o presidente do PSD e primeiro-ministro Luís Montenegro.

 

"Há um governo que governa com a legitimidade do voto popular e da Assembleia da República e há um governo-sombra que, para lá de bloquear o Governo, decide opções de política pública essencial no parlamento na conjugação mais estranha que já vi de interesses partidários entre PS e Chega", acusou.

O dirigente social-democrata disse ter escolhido este tema "não para desculpabilizar o Governo em exercício", mas para suscitar uma reflexão e até indignação por parte sociedade civil, e respondeu a uma parte já divulgada da entrevista ao semanário Expresso do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que será divulgada na íntegra na sexta-feira.

"A notícia que está em todo o lado é que o PS está a acelerar uma espécie de 'estados gerais' e a dizer pela voz do secretário-geral que está a preparar o partido para eleições legislativas antecipadas a meio do ano de 2026", afirmou.

Hugo Soares disse não ficar surpreendido, mas entristecido com o "aparente foco em eleições antecipadas" do maior partido da oposição, e considerou esta posição a antítese de outra que ficou célebre no PSD, numa aparente alusão à frase "que se lixem as eleições", atribuída ao ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho durante o tempo da 'troika'.

"A nós não nos preocupam as eleições, a nós preocupam-nos as pessoas. Queremos levar a legislatura até ao fim", assegurou o deputado e dirigente do PSD.

E reforçou: "Estou absolutamente convencido que esta legislatura será cumprida até ao último dia, mesmo e apesar do tal pseudo-governo que existe na Assembleia da República", disse.

O líder parlamentar do PSD considerou que "ou o país entende como normal" o que classificou de "conluio explícito e implícito de PS e Chega para dificultar a vida ao Governo" ou "se indigna e força a que haja uma postura diferente" destes dois partidos.

"Para que o Governo possa ser julgado com inteira responsabilidade não pode acontecer que haja um Governo que nasceu da Assembleia da República, mas haja um governo sombra na Assembleia. Se isso acontecer, nem o Governo pode ser julgado pelas suas decisões nem consegue mudar a vida das pessoas", avisou, pedindo à sociedade civil que "ajude o Governo a poder cumprir o seu programa".

Na parte já divulgada da entrevista ao semanário Expresso, Pedro Nuno Santos afirma que planeia lançar os "estados gerais" do PS em abril e com a duração de um ano, até abril de 2026, admitindo que "o PS tem de estar preparado" para eleições antecipadas, e considerou que "essa circunstância não pode, ao dia de hoje, ser excluída"

Além de muitos deputados, marcaram também presença no jantar, que decorreu num hotel em Lisboa, os antigos ministros Miguel Relvas e Mira Amaral e o atual ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.

Leia Também: Hugo Soares diz que Governo "está a salvar" o Serviço Nacional de Saúde

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