"Às vezes há mercado de inverno e sabemos que há transferências que são positivas, há outras que não são, portanto, acho que é essa reflexão que é preciso ser feita para percebermos onde somos mais úteis ao país e à sociedade", afirmou o dirigente, quando questionado pelos jornalistas se abandonar o Governo para assumir uma candidatura ao Porto seria igual a "sair ao intervalo de um jogo por opção".
Pedro Duarte, que participou enquanto ministro dos Assuntos Parlamentares num almoço no âmbito da iniciativa "Conversas na Bolsa", da Associação Comercial do Porto, sublinhou ainda que a candidatura à Câmara do Porto tem de extravasar as fronteiras do partido.
"O Porto é uma aposta e será uma aposta com uma candidatura forte, mobilizadora da cidade e principalmente uma candidatura que vai pretender ser agregadora, que extravasa as fronteiras do partido", acrescentou.
À margem do almoço, Pedro Duarte disse ter ainda de refletir sobre uma eventual candidatura à Câmara do Porto.
"Tenho de estar com os dois pés no Governo. Não há outra forma de o fazer", referiu, acrescentando que, pela primavera, irá perceber que missão acolhe, se continua no Governo ou se se dedica ao Porto.
Questionado se tem sentido apoio por parte da cidade, Pedro Duarte afirmou ter sentido "muitos apelos", ainda que o sentido de responsabilidade obrigue "a tomar uma decisão que não é só por razoes externas".
"Se não houver a minha vontade, evidentemente, nada vai acontecer e depois há uma decisão que tem de ser tomada pelo PSD", acrescentou.
Já foram confirmadas as candidaturas à Câmara do Porto de Manuel Pizarro, pelo PS, de Diana Ferreira, pela CDU, e do ex-presidente da autarquia Nuno Cardoso.
O atual executivo é composto por seis eleitos pelo movimento de Rui Moreira, três eleitos pelo PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas deverão decorrer entre 22 setembro e 14 outubro de 2025.
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