"Na verdade, a Hungria tem sido até um baluarte de defesa de muito daquilo que a Europa devia ser e se tem perdido com os socialismos europeus nos vários países", afirmou.
Ventura alegou que "a Hungria tem sido um país que tem feito na União Europeia a luta contra a propaganda LGBT nas escolas, contra a ideologia de género, contra a cultura 'woke' que está a dominar neste momento a Europa, a defender os agricultores e a indústria contra os pactos verdes".
O presidente do Chega encontrou-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, na embaixada daquele país em Lisboa, juntamente com outros deputados. André Ventura falou à comunicação social numa sala da embaixada sobre o encontro e sobre a atualidade política nacional, antes do almoço com o governante, mas os jornalistas não puderam fazer imagens dos dois juntos, nem viram o ministro.
O presidente do Chega considerou que a Hungria "tem tido um papel político fundamental para a dimensão que tem".
"O estreitar das nossas relações com a Hungria prende-se essencialmente com o estreitar de uma visão política, que é de uma Europa de nações, de uma Europa livre de socialismo, livre de corrupção e uma Europa sem ideologia de género e sem propaganda LGBT nas escolas. Isto é o que a Hungria também tem feito e nós nisso estamos aliados. Isto não quer dizer que se concordem em tudo, mas certamente não concordarão", afirmou.
Sobre o encontro com o ministro Péter Szijjártó, disse que teve como objetivo "estreitar relações".
André Ventura disse também ter sido convidado pelo líder do Vox, Santiago Abascal, para o encontro do grupo político de extrema-direita dos Patriotas pela Europa no Parlamento Europeu, que o partido espanhol está a organizar e que vai decorrer em Madrid nos dias 07 e 08 de fevereiro.
Ventura disse que "tudo indica" que o Chega participará, mas ainda não confirmou a sua presença.
"Será um encontro de líderes e penso que haverá em simultâneo um evento aberto ao público", indicou, referindo que esse encontro servirá para "afinar estratégias" e transmitir "para fora uma mensagem de força porque este ano, que agora começou, vai ser um ano decisivo para os Patriots em muitos cenários europeus e em muitos países europeus".
O líder do Chega admitiu a possibilidade de que "até ao final do ano haja também um grande evento em Lisboa com os vários líderes europeus e americanos".
Esta manhã, o chefe da diplomacia húngara reuniu-se com o seu homólogo espanhol, José Manuel Albares, em Madrid. De acordo com fotografias publicadas nas suas redes sociais, teve também um encontro com o líder do Vox, Santiago Abascal, também na capital espanhola.
Mais tarde, pelas 14:45 foram publicadas nas redes sociais do ministro húngaro fotografias do almoço com a delegação do Chega, em Lisboa.
"Não vamos deixar Bruxelas dizer-nos como viver no nosso próprio país! O futuro pertence aos Patriots [grupo político de extrema-direita no Parlamento Europeu, no qual se inclui o Chega e o partido do Governo húngaro, Fidesz]. Também na Hungria e Portugal", escreveu Péter Szijjártó, segundo a tradução de húngaro para português da própria rede social Facebook.
À Lusa o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, informou que "nada está previsto" em termos de encontros entre os dois chefes da diplomacia.
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