Marques Mendes? "Não se apresenta propriamente bem posicionado"

Francisco Rodrigues dos Santos disse que "já se fala há, pelo menos, uma década" que o "propósito" de Luís Marques Mendes "seria esse, ganhar notoriedade televisiva [...] para depois também conseguir uma vantagem competitiva e poder vencer as eleições Presidenciais quando elas se colocassem". 

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© Francisco Rodrigues dos Santos

Notícias ao Minuto
04/02/2025 08:32 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

Política

Eleições Presidenciais

O antigo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou que Luís Marques Mendes esteve vários anos a preparar-se para uma candidatura à Presidência da República enquanto comentador. No entanto, salientou que Gouveia e Melo se "apresenta claramente destacado" nas sondagens e que, pelo segundo lugar, haverá "um campeonato" onde "Luís Marques Mendes também não se apresenta propriamente bem posicionado".

 

No programa da CNN Portugal, Verdade e Consequência, Francisco Rodrigues Santos comentou as sondagens às Presidenciais, assim como a candidatura de Marques Mendes, dizendo que "ainda não há muitos candidatos oficializados"  e que "ainda há uma distância grande" e, por isso, "é uma fotografia desfocada", acrescentando que acredita que "nem todos os putativos candidatos se revelam" na sondagem que foi apresentada, onde Gouveia e Melo surge na primeira posição.

"Acho que é um bocadinho precipitado tirar conclusões sumárias e absolutas. No entanto, há alguns dados que merecem ser burilados e analisados", salientou o ex-deputado. 

Francisco Rodrigues dos Santos destacou que "ao nível de exposição mediática, dois dos três candidatos melhor posicionados não têm um alto grau de notoriedade televisiva", falando de Henrique Gouveia e Melo, "que é um almirante, um militar, atualmente na reserva, portanto é inóspito o exercício das suas funções relativamente aquilo que é a agenda política", e de António José Seguro que "esteve quase 15 anos completamente arredado de aparições políticas, ao contrário do que acontece com Marques Mendes". 

"Tem anos de exposição mediática, já foi líder parlamentar, presidente do seu partido, ministro e comenta tudo e todos. A verdade seja dita, poucas vezes dizendo a sua opinião, mas falando da dos outros que é um exercício com relativa facilidade", acrescenta.

No espaço de comentário foi também referida uma entrevista de Luís Marques Mendes, de 2016, ao Jornal Económico, onde afirmava que que "só pode fazer comentário político a quem a dada altura já não tem uma agenda política", referindo que deixou de ter agenda política e que deixou de estar na vida política e que a ela não iria regressar. 

"Eu creio que, quer para nós [...] que acabaram de se confrontar com este vídeo, densificar, tipificar o conceito de agenda porque se é uma agenda física, daquela onde nós fazemos as nossas marcações, já me aconteceu passar o mês de janeiro, não a comprar no início do novo ano e como sou um bocadinho alheio às novas tecnologias, compro-a em fevereiro e só aí é que tenha a agenda [...] pode ter acontecido a Luís Marques Mendes, só agora ter adquirido a sua", ironizou o ex-líder do CDS.

Continuou, dizendo: "No entanto, se estamos a falar de agenda no sentido mais metafórico, com uma elasticidade semântica considerável, entendido como um plano político, um processo de intenções, um objetivo de fundo, aí não colhe este investimento porque Luís Marques Mendes está há mais anos no comentário televisivo do que esteve Marcelo Rebelo de Sousa e todos nós sabemos".

Francisco Rodrigues dos Santos acrescentou ainda que "já se fala há, pelo menos, uma década que o propósito seria esse, ganhar notoriedade televisiva [...] para depois também conseguir uma vantagem competitiva e poder vencer as eleições Presidenciais quando elas se colocassem". 

Questionado sobre se "isso" é a agenda política de Luís Marques Mendes, o antigo deputado afirma não ter "dúvidas nenhumas" e que "nenhum português terá".

"O que é grave é que, apesar disto, não obstante esta prática reiterada e persistente na televisão dominicalmente, com até boas audiências, como é sobejamente conhecido, os portugueses colocam-no como último posicionado nesta sondagem", acrescentando que "a sua margem de progressão", com todos os cargos políticos que já exerceu, "não parece ser muito grande até ao dia das eleições Presidenciais". 

Ao contrário do que acontece com Marques Mendes, para Francisco Rodrigues dos Santos, o almirante Gouveia e Melo "apresenta-se claramente destacado e não diz uma palavra".

"Esse sim, tem ainda grandes oportunidades, basta fazer um giro pelo país, ser simpático, conversar com os portugueses. Eu aconselhava-o até a nem dizer muita coisa e parece-me que tem um passaporte para a segunda volta", diz. 

Francisco Rodrigues do Santos sublinha que "há sim, um campeonato pelo segundo lugar", e que Marques Mendes também não se apresenta propriamente bem posicionado porque este resultado é pífio".

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