PS responsabiliza Montenegro por situação no SNS se mantiver ministra

O secretário-geral do PS defendeu hoje que, se o primeiro-ministro não demitir a ministra da Saúde, passa a ser responsável pela situação no SNS, considerando que tem havido "falta de liderança e de estabilidade" no setor.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
06/02/2025 18:50 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Pedro Nuno Santos

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Pedro Nuno Santos abordou a demissão dos membros do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Amadora/Sintra para salientar que "o nível de gravidade hoje no Serviço Nacional de Saúde (SNS) atingiu níveis altíssimos".

 

"Há falta de liderança, há falta de estabilidade e há falta de confiança dos portugueses na forma como a ministra e o Governo estão a liderar e a coordenar todo o SNS", acusou.

Para Pedro Nuno Santos, "ou o problema é um problema que se circunscreve ao Ministério da Saúde e à senhora ministra da Saúde ou o problema, não sendo do Ministério da Saúde e, portanto, a senhora ministra continuando em funções, é então do senhor primeiro-ministro".

"Se sente que não tem de fazer mudanças, então a responsabilidade é sua e o problema é mais grave", considerou.

Questionado se pede a demissão de Ana Paula Martins, Pedro Nuno Santos respondeu: "Eu não peço a demissão de ministros, peço sim responsabilidade ao senhor primeiro-ministro".

"Tem de explicar porque é que mantém e, se não mantém, quando é que substitui e porquê. Se não substitui, neste momento a responsabilidade passa a ser do senhor primeiro-ministro, que tem a obrigação de prestar contas ao país e aos portugueses sobre a situação no SNS", defendeu.

Sobre a demissão dos membros do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Amadora/Sintra, Pedro Nuno Santos referiu que ocorre "menos de 24 horas depois" de essa administração se ter reunido com a ministra da Saúde e ter dito que se mantinha em funções.

O secretário-geral do PS referiu que a situação que se vive naquela ULS é "particularmente grave e não é de agora", defendendo que os problemas já existem "há tempo suficiente para a senhora ministra reagir com tempo".

"E a verdade é que, até agora, nós não tivemos uma palavra, nomeadamente para a população que é servida pelo Amadora/Sintra, nem da parte da senhora ministra, nem da parte do senhor primeiro-ministro", criticou.

Para o secretário-geral do PS, o "clima de instabilidade é transversal a todo o SNS, a situação é grave e o senhor primeiro-ministro e a senhora ministra não podem continuar a andar escondidos".

"Têm de falar e dar confiança e segurança à população, no caso concreto de Amadora/Sintra", pediu.

Os membros do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Amadora/Sintra apresentaram hoje a sua demissão à ministra da Saúde e ao diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, anunciou a instituição.

A renúncia aos cargos "permitirá à tutela implementar as medidas e políticas que considere necessárias", não sendo o Conselho de Administração "um obstáculo", adianta em comunicado, um dia depois de se ter reunido com a tutela e ter garantido que se mantinha em funções.

Leia Também: Após críticas, ministra diz que "em democracia todos estamos a prazo"

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