Belém? Raimundo diz que PCP não deixará de ter "voz" e critica "frenesim"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou hoje que o partido "não vai prescindir de intervir" e de ter uma "voz própria" nas eleições presidenciais do próximo ano mas criticou o "frenesim" e "precipitação" à volta deste sufrágio.

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Lusa
09/02/2025 20:18 ‧ ontem por Lusa

Política

Presidenciais

"Não prescindiremos do espaço na batalha eleitoral das presidenciais, não prescindiremos de ter uma voz ativa em todo esse combate e não é por falta do PCP, como nunca foi, em diversas situações e até de diferentes formas, que não haverá uma solução democrática. Agora essa solução democrática não depende só de nós", afirmou Paulo Raimundo, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, em Lisboa, na apresentação das conclusões da reunião do Comité Central que decorreu este fim de semana.

 

Depois de afirmar que o PCP, "no quadro da CDU, encara com confiança as batalhas eleitorais que se avizinham", Paulo Raimundo foi questionado sobre as eleições presidenciais, tendo referido que o partido não vai prescindir de ter "uma voz própria" neste processo eleitoral, sendo difícil que apareça outra que os comunistas considerem adequada para a substituir.

O calendário para a apresentação de uma eventual candidatura não está ainda definido, mas Paulo Raimundo recusou estar "à espera" que outras figuras avancem publicamente.

Sem desvalorizar esta batalha eleitoral, o secretário-geral comunista criticou algum "frenesim" público acerca do sufrágio marcado para janeiro do próximo ano, três dias depois de Luís Marques Mendes ter apresentado a sua candidatura a Belém.

"Achamos que há um certo frenesim, uma certa precipitação de outros, mas isso, cada um saberá. Há muita coisa para clarificar. Agora há uma coisa que está certa: não há inconsistência, nem dificuldades, nem problemas no PCP na linha clara de intervenção sobre isto. Já outros não podem dizer o mesmo", atirou.

Na ótica de Paulo Raimundo, o PCP "não só não prescinde de intervir nessa batalha eleitoral, como acha inclusive que, perante a situação que está criada, perante os desenvolvimentos do ponto de vista económico e social, é uma emergência e há uma necessidade que haja uma voz que coloque essas questões fundamentais durante o processo de toda a campanha e da batalha eleitoral", frisando que a principal tarefa da pessoa que vier a ocupar este cargo "é cumprir e fazer cumprir a Constituição".

O dirigente comunista foi ainda questionado sobre o apelo público feito pela cabeça-de-lista do BE à Câmara Municipal de Lisboa, Carolina Serrão, que no sábado pediu a PS, Livre e PCP convergência e "coragem para enfrentar a especulação imobiliária".

PS, BE, Livre e PAN ainda mantêm em aberto uma eventual coligação pré-eleitoral, mas a CDU (coligação PCP/PEV) já anunciou que o seu candidato será o vereador e ex-eurodeputado João Ferreira, distanciando-se desta eventual aliança.

Questionado sobre este apelo, Paulo Raimundo fechou em definitivo essa possibilidade, deixando críticas à gestão anterior do PS e afirmando que aqueles que querem "uma verdadeira alternativa de esquerda para a cidade" têm uma "candidatura ao dispor".

Afirmando que o PCP "não serve de cobertura para as opções dos outros", que "podem unir-se se quiserem", Paulo Raimundo rejeitou, contudo, a ideia de que os comunistas estão sozinhos neste combate eleitoral, realçando que a CDU envolve militantes do seu partido, ecologistas, "muitos independentes e "até gente de outras forças políticas".

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