CDS-PP quer assegurar "estabilidade e governabilidade" da Madeira

O CDS-PP/Madeira concorre às eleições regionais em 23 de março com listas próprias estando disposto a "falar com todos", para assegurar a estabilidade e governabilidade no arquipélago e devolver o "orgulho aos madeirenses".

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Lusa
10/02/2025 16:09 ‧ há 10 horas por Lusa

Política

Madeira

"O CDS concorre a estas eleições com listas próprias, respeitando como sempre o fez no passado a paridade de género e com média de idades de 42 anos, o que representa uma grande renovação das nossas listas", disse o líder regional dos centristas madeirenses, José Manuel Rodrigues, depois da entrega da candidatura no Tribunal Judicial do Funchal.

 

O também cabeça de lista salientou que "o povo madeirense está farto de eleições", porque estas "são as terceiras no espaço de um ano e meio".

Mas, adiantou, "isso deve-se à incapacidade revelada pelo PSD para resolver os seus problemas judiciais e problemas internos e à irresponsabilidade também dos partidos da oposição que rejeitaram o Orçamento e Plano e derrubaram o Governo Regional".

"Estamos dispostos a falar com todos em nome da estabilidade e da governabilidade da Madeira, sabendo nós que somos um partido de centro e direita", declarou, estabelecendo como "linhas vermelhas os extremistas quer de direita, quer de esquerda".

Argumentando que o CDS-PP/Madeira foi "o único partido que teve sentido de responsabilidade" na crise política que vive a região", opinou que essa é uma mais-valia nas próximas eleições.

José Manuel Rodrigues destacou que o partido tem quatro grandes objetivos programáticos, realçando que o primeiro é "devolver o orgulho em ser madeirense aos madeirenses".

"Nós temos o orgulho ferido, é preciso refazer o ser madeirense e dar orgulho na nossa autonomia, nos órgãos de governo próprio, nas instituições da autonomia", mencionou.

A redução dos impostos, a valorização dos salários e maior justiça social na distribuição da riqueza são outras das metas da candidatura do CDS-PP, acrescentou.

Rodrigues, que tem desempenhado o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, adiantou que o partido também tem como objetivo resolver o problema da falta de habitação, dar proteção aos mais velhos e oportunidades aos mais novos.

"Claro que isto representa despesa, claro que isto impõe medidas de corte do lado da despesa", declarou, complementando que o partido tem um plano de redução da despesa pública regional.

José Manuel Rodrigues enunciou que este plano passa pelo "emagrecimento da máquina governamental, com extinção de institutos e organismos públicos que não servem para nada, com a venda de património que está devoluto e, também, com a venda de património que hoje é das sociedades de desenvolvimento e das empresas publicas que, em vez de gerar receita para o orçamento regional, apenas gera despesa".

"O CDS fará no dia a seguir às eleições aquilo que o povo decidir no dia das eleições. Estamos dispostos a falar com todos os partidos políticos, porque a Madeira não pode continuar com esta ingovernabilidade de ter eleições a cada seis meses, andar de campanha em campanha eleitoral e de os partidos [andarem] a brincarem aos partidos", enfatizou o candidato centrista insular.

Sara Madalena, Luís Miguel Rosa, Gabriel Faria e Graça Pita são os nomes que se seguem na lista encabeçada por José Manuel Rodrigues.

Nas últimas eleições legislativas antecipadas, em 26 de maio de 2024, o CDS-PP obteve 5.374 votos (4,04%), elegendo dois deputados e celebrou um acordo de incidência parlamentar com o PSD, que garantiu 19 lugares no parlamento madeirense, insuficiente para assegurar uma maioria absoluta.

Em 17 de dezembro de 2024, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, o Governo Regional (PSD), liderado por Miguel Albuquerque, empossado a 06 de junho, foi derrubado, uma situação inédita na vida parlamentar da Madeira.

Para resolver a situação, o Presidente da República, depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado, decidiu dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira e marcar eleições legislativas antecipadas para 23 de março.

O parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, sendo atualmente 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP (partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas), um da IL e um do PAN.

Leia Também: PPM na corrida para acabar com o "caos político" na Madeira

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