CDS-PP/Madeira alerta para elevado risco de pobreza na região

A candidatura do CDS-PP às eleições antecipadas da Madeira alertou hoje para o elevado risco de pobreza no arquipélago e defendeu que o Governo Regional deve aumentar o apoio às instituições particulares de saúde e solidariedade social.

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Lusa
13/03/2025 16:38 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Eleições/Madeira

"Há 70 mil pessoas na Madeira em risco de pobreza, há 17 mil pessoas que trabalham na região e aquilo que recebem de ordenado não dá para pagar as suas despesas mensais e há um outro conjunto de pessoas, designadamente idosos, que vivem com pensões à volta de 300 euros", disse o cabeça de lista, José Manuel Rodrigues.

 

O candidato democrata-cristão falava no decurso de uma visita à Casa de Saúde João de Deus, nas zonas altas do Funchal, no âmbito da campanha eleitoral, que hoje o partido dedicou às questões sociais, tendo a candidatura visitado várias instituições.

"Estas instituições particulares de solidariedade social fazem um trabalho notável ao serviço da população da Madeira e do Porto Santo e é justo reconhecer esse trabalho, mas também é justo que a Segurança Social renegoceie as diárias que são pagas (...) no sentido de valorizar os salários dos trabalhadores e, sobretudo, de aumentar as diárias e aproximá-las do que se paga a nível nacional", argumentou.

Em 2024, o Governo Regional (PSD) fixou o valor da diária paga aos institutos São João de Deus e Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus em 57 euros, sendo que a nível nacional o apoio é de 68 euros.

"É preciso que a próxima governação da Madeira olhe muito bem quer para os rendimentos de quem trabalha, valorizando salários e reduzindo impostos, quer aumentando a qualidade de vida daqueles que são mais pobres", avisou José Manuel Rodrigues.

O cabeça de lista do CDS-PP, também líder regional do partido, alertou ainda para a problemática do envelhecimento da população do arquipélago, que atingiu os 172 idosos por 100 jovens, vincando ser necessário investir em novos lares, bem como na rede de cuidados continuados e paliativos, e reforçar o apoio à terceira idade.

O CDS-PP defende que devem ser tomadas medidas para "emagrecer a máquina governamental" e fortalecer o orçamento do setor social, nomeadamente extinguindo sociedades de desenvolvimento, institutos e empresas públicas que são "autênticos sorvedouros públicos", garantindo, no entanto, os postos de trabalho.

Em 2019, o CDS-PP estabeleceu um acordo de governação com o PSD, partido que governa a região autónoma desde 1976, indicando dois secretários regionais e garantido a presidência da Assembleia Legislativa da Madeira, cargo que continua a ser desempenhado por José Manuel Rodrigues.

Em setembro de 2023, os partidos concorreram coligados, mas não obtiveram a maioria absoluta e formaram governo com apoio do PAN.

Já nas eleições antecipadas de maio de 2024, avançaram sozinhos, mas assinaram um acordo de incidência parlamentar, insuficiente para assegurar a maioria absoluta, tendo o PSD formado um governo minoritário, o primeiro na história da autonomia.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: Cafôfo garante que não será candidato à Assembleia da República

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